Ricardo Botelho, CEO da Energisa, comenta o destaque do Grupo em relatório da Fitch Ratings

Energia que transforma

09/09/22 - 5 minutos de leitura

Ricardo Botelho, CEO da Energisa, comenta o destaque do Grupo em relatório da Fitch Ratings

Uma das principais agências de rating do mundo analisa o setor elétrico brasileiro e coloca a Energisa no topo do ranking de eficiência operacional

Ricardo Botelho, CEO da Energisa, comenta o destaque do Grupo em relatório da Fitch Ratings

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Ricardo Botelho, CEO da Energisa, comenta o destaque do Grupo em relatório da Fitch Ratings

Uma das principais agências de rating do mundo analisa o setor elétrico brasileiro e coloca a Energisa no topo do ranking de eficiência operacional

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EJ: O que a agência de rating Fitch comentou sobre o setor elétrico no Brasil em seu relatório de 15/08/22?

RB: A Fitch Ratings é uma das principais agências internacionais que atua com serviços de avaliação de crédito. Agora em agosto, eles lançaram um relatório analisando a situação do setor elétrico brasileiro sobre os aspectos de liquidez e desempenho econômico-financeiro. O podcast trata do relatório, no qual a Energisa obteve um excelente desempenho, com destaque de benchmarking em diversos indicadores.

EJ: O que é este rating, esta classificação?

RB: Rating é uma nota que as agências de classificação de risco de crédito atribuem a um país ou uma empresa, de acordo com sua capacidade de honrar uma dívida. Serve para que investidores saibam o nível de risco dos títulos de dívida que estão adquirindo. O rating é indicado com letras, que compõem uma escala de 'AAA' (mais alto) a 'D' (mais baixo). As empresas mais bem situados no rating são empresas que possuem melhor capacidade de se alavancar (contrair dívidas para crescer) e obter custos menores em suas dívidas. 

EJ: O relatório destaca que o atual cenário brasileiro tem sido de tarifas elevadas, com reflexo negativo nos níveis de inadimplência, consumo e perda de energia. Mesmo nestas condições, a Energisa se destacou. Por quê?

RB: Em três palavras eu diria: eficiência, desempenho consistente e foco no cliente. Estas características nos tornam mais preparados para enfrentar os efeitos adversos deste cenário que nos últimos dois anos foram excepcionalmente desafiantes com pandemia e crise hídrica. A Fitch comparou o desempenho dos 10 principais grupos brasileiros com atuação em distribuição, o que representa 97% do consumo de energia do Brasil. O Grupo Energisa se distinguiu positivamente ao converter mais de 60% da receita própria de distribuição em EBITDA no período de 12 meses até março de 2022. EBITDA é o lucro antes dos impostos, taxas de juros e depreciações, ou seja, o resultado que depende, de fato, da gestão da companhia. 

Como os preços de energia aos clientes cativos são definidos pela ANEEL, o bom desempenho de uma distribuidora é reflexo da capacidade que ela tem de controlar gastos gerenciáveis, evitar perdas de energia e a inadimplência. Claro que a boa performance também será resultado da capacidade da distribuidora de investir com eficiência em sua base de ativos, além de alcançar uma trajetória ascendente de consumo na sua área de concessão. Isto sem descuidar a qualidade no fornecimento da energia e no atendimento aos cientes, e oferecendo condições acessíveis aos clientes quando há atraso ou não pagamento da fatura. Os profissionais da Energisa estão de parabéns por mais este destaque setorial!

EJ: A Agência Fitch considerou vários critérios para a avaliação, qual deles você destacaria?

RB: O indicador de custos e despesas gerenciáveis (PMSO) do Grupo que foi de R$ 3,6 bilhões e ficou 10% abaixo do que a regulação nos permite gastar para prestar nossos serviços (PMSO regulatório), conforme indicado pelo “Delta PMSO”. Estes indicadores colocam o Grupo Energisa entre as cinco distribuidoras do ranking que souberam administrar os seus gastos mantendo-se no nível de eficiência recomendado. Mostra que conseguimos ganhar eficiência mesmo em cenário de inflação elevada. Essa eficiência é repassada para o cliente na hora na revisão tarifária, e para o investidor, porque aumenta o retorno sobre nosso investimento. É por esse fator, entre outros, que a margem de EBITDA sobre receita do Grupo Energisa, o principal indicador do relatório, se manteve na primeira posição do ranking de avaliação.

EJ: O relatório também avalia o crescimento dos mercados de energia. Qual o cenário nas concessões da Energisa depois de quase três anos de pandemia? 

RB: De 2015 a 2021, o crescimento médio foi de 1,9% ao ano, conforme indicou o critério “CAGR Mercado” (crescimento médio anual do mercado) avaliado no Relatório Fitch. Essa taxa é superior em 1% à média do setor elétrico de distribuição, de 0,8%, e bem acima do crescimento médio anual do PIB no mesmo período, de 0,3%. O consumo em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre e Tocantins, que conta com o bom desempenho do agronegócio, representa mais da metade do total e cresceu 2,9% ao ano no mesmo período.

EJ: Quais alertas que o Relatório traz e como o Grupo Energisa se posiciona para enfrentar esses desafios nos próximos anos?

RB: A tarifa segue sendo um item preocupante, apesar de movimentos recentes que reduziram as alíquotas de impostos e minimizaram reajustes graças ao uso de créditos tributários compensados e redução das alíquotas do ICMS promovido pela lei LCP 194/2022. Foi uma boa medida a redução do peso do ICMS, que vinha crescendo mais do que os outros componentes da tarifa (17,5%, em 2021, e este ano, até junho, antes da aprovação da lei no Congresso, 19,1%). 

Temos sinalizado a importância de acompanhar a evolução dos demais componentes de custos que não são gerenciáveis pelas distribuidoras, como encargos e subsídios. Ao longo de 10 anos, o principal encargo setorial a CDE subiu de R$ 6 bi para R$ 32 bi, ou seja, mais de 400% sendo que somente do ano passado para este, o aumento foi de R$ 8,2 bi. Este crescimento de subsídios lançados sobre as tarifas é disparado o maior fator de aumento das tarifas e a sua trajetória é insustentável. A Fitch aponta esses fatores e também o impacto de perdas de energia e da inadimplência, que poderão aumentar caso as tarifas permaneçam elevadas, apesar dos esforços de contenção. 

No mais, o êxito apontado pelo estudo da Fitch nos mostra que estamos no caminho certo! O caminho da eficiência operacional, garantida em grande medida pelo desempenho e talento dos colaboradores do Grupo Energisa, e que se reverte em menores custos (e tarifas) para o cliente e maior rentabilidade para o investidor.

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