Prêmio Abradee 2025: as três melhores distribuidoras de energia do Brasil, na avaliação do cliente, são do Grupo Energisa
O Grupo Energisa, que está completando 120 anos, destacou-se no Prêmio Abradee 2025 — promovido anualmente pela Associação das Distribuidoras de Energia Elétrica — ao conquistar o primeiro, o segundo e o terceiro lugares no quesito “Avaliação pelo Cliente” entre as distribuidoras com mais de 500 mil consumidores. A Energisa Paraíba foi a grande vencedora da categoria, seguida por Energisa Sul-Sudeste e Energisa Tocantins, que também conquistou o prêmio da região Norte/Centro-Oeste.
“Os reconhecimentos conquistados no Prêmio Abradee reforçam o compromisso da companhia com o cliente, que é tudo para a gente. Somos mais de 19 mil colaboradores trabalhando diariamente para levar a melhor energia a mais de 20 milhões de pessoas em todo o Brasil”, afirma Fernando Maia, vice-presidente de Regulação e Relações Institucionais do Grupo Energisa.
Dos 17 prêmios concedidos pela Abradee neste ano, a Energisa foi finalista em 13 deles com sete de suas nove distribuidoras de energia elétrica. Desde 2011, as distribuidoras do grupo já venceram 112 vezes diferentes categorias da premiação.
A cerimônia de premiação ocorreu nesta quarta-feira (20), em Brasília, em uma edição especial que celebrou os 50 anos da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). Em sua 27ª edição, o prêmio adota uma metodologia que combina pesquisa de satisfação com milhares de consumidores e análise de indicadores técnicos e de gestão das distribuidoras.
Investimentos
Os números ratificam o compromisso constante do Grupo Energisa com a excelência e qualidade dos serviços. Desde 2019, os investimentos nas mais diferentes áreas totalizam mais de R$ 29,3 bilhões. Para 2025, o investimento previsto é de R$ 6,2 bilhões, sendo a maior parte destinada à distribuição de energia elétrica, que é o coração do negócio da companhia, atendendo 11 estados brasileiros. Esse segmento deve receber cerca de R$ 5,5 bilhões, equivalente a 88% do total previsto, com destaque para as distribuidoras de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, regiões com forte crescimento na demanda energética. Aproximadamente 42% dos recursos destinados à distribuição neste ano possibilitarão a ligação de novos consumidores e robustecimento da rede distribuição.
Energisa moderniza sistema de distribuição de energia com tecnologia de ponta
Incorporar novos procedimentos no setor de energia é sempre um desafio. Ainda mais quando qualquer movimento impacta diretamente a vida de uma parcela significativa da população de um país. São premissas que o Grupo Energisa conhece de perto.
Ciente da constante demanda por modernização e do crescente desafio do enfrentamento a eventos climáticos extremos, o Grupo anunciou a implantação do projeto Advanced Distribution Management System (ADMS), que em outras palavras significa Sistema de Gerenciamento Avançado na Distribuição.
Com o ADMS será possível coletar informações em tempo real dos dispositivos de campo, como medidores e transformadores, além de detectar e localizar falhas na rede elétrica, fornecendo informações precisas aos operadores para que medidas corretivas aconteçam rapidamente. Além de permitir a unificação e padronização da operação, a tecnologia é dotada de ferramentas para análise e monitoramento dos sistemas de distribuição. Num primeiro momento, permitirá diminuir o tempo de resposta e mitigar riscos de interrupção de fornecimento de energia. Com o sistema totalmente implementado, é esperada a recomposição automática das redes, permitindo ganhos adicionais na eficiência e confiabilidade da operação.
Unificar a gestão da operação trará uma série de vantagens: milhões de clientes terão um atendimento mais ágil e um fornecimento de energia com ainda mais qualidade”, explica Gustavo Valfre, vice-presidente de tecnologia da Energisa
Considerado um dos maiores de sua categoria no mundo, quando se toma como referência sua extensão, o ADMS é o primeiro sistema centralizado e virtualizado do Brasil. A expectativa é que ele necessite de quatro anos para ser totalmente implementado, ou seja, estará em pleno funcionamento até 2027.
O ADMS é uma plataforma totalmente integrada, onde vamos unir a estrutura integral de telecomando (de dispositivos, de redes e de subestações de energia) com a central de atendimento que dá suporte aos nossos clientes quando há uma falta de energia, por exemplo. A plataforma também incorpora o nosso sistema de despacho de equipes de campo, dando mais agilidade à operação”, explica Cássio Bazana, gerente de tecnologia do Grupo Energisa
É um projeto ousado. Porque, além de receber investimentos da ordem de R$ 125 milhões, vai ser implementado em todas as 9 distribuidoras do Grupo Energisa, que juntas atendem 20 milhões de pessoas.
Para dar conta deste desafio tecnológico, o Grupo Energisa se aliou a parceiros de peso na empreitada. Além da Schneider Electric na automatização, a Dell responde pelo hardware, NVIDIA pelo processamento gráfico, a Citrix pela virtualização e a Minsait pelo sistema de indicadores regulados. Essa colaboração entre diferentes especialistas é fundamental para garantir o sucesso do projeto.
Na prática, o ADMS permite monitorar e controlar, em tempo real, a distribuição de energia elétrica. É mais ou menos como se fosse um “cérebro”, comandando essa rede, assegurando que a energia seja entregue aos clientes de maneira segura e eficiente. E isso vale para residências, empresas e indústrias.
O ADMS se baseia em algumas coisas que acontecem, por exemplo, na Fórmula 1. Então, um carro de F-1 está correndo numa pista, ao mesmo tempo os sensores estão pegando as informações desse carro, jogando para os servidores das equipes e devolvendo aos mecânicos que estão no box. Então, estamos adotando no sistema ADMS essa mesma tecnologia de informação, porque estamos monitorando nossas redes em tempo real e essas informações seguem para um servidor centralizado, que devolve para nossos operadores como informação para que esses possam tomar a melhor decisão em milésimos de segundo”, esmiúça Bazana.
Para que o ADMS funcione no melhor estilo Fórmula-1, é preciso de treinamento. E para muitos. A implementação começou pela Energisa Mato Grosso do Sul, onde já é possível perceber o tamanho do desafio. Em uma primeira etapa, foram treinados 79 profissionais, com carga horária de 312 horas. Para chegar a todo o Grupo Energisa, o projeto vai precisar capacitar em torno de 7 mil colaboradores, entre operadores do sistema, equipes de engenharia e eletricistas de distribuição. As próximas distribuidoras contempladas serão a Energisa Minas Rio, Energisa Sul-Sudeste e Energisa Paraíba.
Com a implementação de uns dos maiores ADMS do mundo, a Energisa não só eleva o padrão de operação de suas distribuidoras, mas também reforça sua posição de vanguarda na inovação tecnológica do setor elétrico.
Inovação: primeira subestação móvel digital é inaugurada no Brasil
A Energisa Rondônia, em parceria com a WEG, colocou em operação a primeira subestação móvel digital do país. Este equipamento é projetado para restabelecer rapidamente o fornecimento de energia, aumentar a disponibilidade no sistema e facilitar manutenções programadas. Trata-se da terceira subestação móvel adquirida pela Energisa no estado, sendo a primeira digital do país.
A nova instalação representa um investimento de R$ 13,5 milhões e possui uma capacidade de 25 MVA, suficiente para atender cerca de 40 mil residências. O sistema é capaz de coletar, armazenar e tratar dados, possibilitando a proteção e o monitoramento das operações remotamente, em tempo real, por meio do Centro de Operação Integrado da Energisa.
Essa subestação móvel se destaca pela alta tecnologia, sendo equipada com duas unidades conversoras digitais (Merging Units), responsáveis pela segurança na troca de dados com outros sistemas de controle e proteção. Tudo isso garante a versatilidade para operar em diversos cenários de maneira mais eficiente.
O maquinário desempenha funções em diversas configurações, atendendo várias subestações da rede de energia elétrica do estado de Rondônia. Isso assegura um atendimento seguro e rápido de acordo com as necessidades particulares do estado”, explica o coordenador de manutenção da Energisa, Welton Sirqueira Rodrigues.
Pesando 66,5 toneladas e com dimensões de 15 metros de comprimento por 3 metros de largura, a subestação será utilizada inicialmente para substituir um transformador em Cacoal, o que aumentará a capacidade de fornecimento de energia no município. Trata-se de mais um exemplo do compromisso da Energisa com a inovação e a com a entrega de um serviço de excelência a todos os seus clientes, em todas as regiões onde está presente.
Combatendo os “gatos” para evitar que todos paguem o “pato”
Mesmo diante dos riscos de acidentes e sendo um crime previsto no Código Penal, o furto e a fraude de energia são práticas que precisam ser combatidas diariamente pela Energisa. A preocupação com a segurança do sistema elétrico e da comunidade fez com que a Energisa investisse em sistemas inteligentes e equipes treinadas para potencializar a identificação de ligações clandestinas e adulterações de medidores de energia. Durante o ano de 2023, a empresa identificou 194 GWh de energia elétrica desviados em toda a sua área de atuação. Para se ter ideia dos prejuízos, esse volume de energia seria suficiente para abastecer, pelo período de um mês, 950 mil residências ou todo o mercado cativo do estado do Tocantins.
As irregularidades são de 2 tipos: os furtos (popularmente conhecidos como “gatos de luz”) e as fraudes (quando o cliente manipula o medidor para reduzir ou zerar o seu faturamento). Como a legislação determina que prejuízo pela energia elétrica desviada seja dividido entre todos os consumidores do mercado cativo, quem não faz “gato”, paga o “pato”. Ou seja, quem é honesto acaba pagando a mais na sua conta de luz por conta da gatunice dos outros.
Riscos e impactos no sistema elétrico
O combate às fraudes e aos furtos de energia é um compromisso das distribuidoras de energia no Brasil, já que os impactos geram perdas para todos os clientes e colocam em risco a vida das pessoas e do sistema elétrico.
Nos assusta o fato de que, mesmo cientes dos perigos, as pessoas continuam arriscando a própria vida e da comunidade ao redor para fazer uma ligação direta na rede da Energisa ou manipular um medidor de energia. É muito importante enfatizar que essas ações da Energisa têm como intuito principal zelar pela segurança do sistema elétrico e da comunidade, bem como garantir a qualidade da energia que chega aos clientes", destaca Renan Felix Fernandes Souza, coordenador de medição e combate a perdas da Energisa Sul-Sudeste.
O sistema de distribuição de energia elétrica de cada região é projetado para atender a carga dos consumidores registrados na distribuidora. Quando se realiza um “gato”, isso pode gerar uma sobrecarga no sistema, sendo uma das causas mais comuns para a falta de luz. Quem está ali intervindo, muitas vezes não está utilizando nenhum equipamento adequado, nem tem o conhecimento técnico e pode gerar uma situação muito grave. Além disso, muitas vezes identifica-se a utilização de equipamentos com baixa qualidade, o que aumenta as chances de curtos-circuitos ou princípios de incêndio. Ou seja, além de onerar a conta de luz, essas práticas podem causar danos no sistema elétrico, com risco de acidentes potencialmente fatais.
Em 2023, foram realizadas 658 mil inspeções, que encontraram cerca de 142 mil casos de irregularidades, tanto em imóveis residenciais quanto comerciais. Ao contrário do que muitos imaginam, a renda familiar não é motivação para a prática desse tipo de crime. Infrações ligadas ao abastecimento de energia ocorrem tanto nas periferias do país quanto nos condomínios de luxo. O padrão se repete nas atividades empresariais: as irregularidades vão do pequeno comércio à grande indústria. Além de gerar um custo para todos os consumidores do Brasil, essa prática também pode render uma vantagem indevida ao infrator, provocando uma concorrência desleal.
Imagine que esse comerciante que dribla o fornecimento de energia tem um freezer. Claro que ele vai conseguir vender seus produtos a um preço bem menor do que aquele concorrente que não comete irregularidades”, explica Alex Leite, coordenador do departamento de medição e combate a perdas da Energisa Mato Grosso do Sul.
Inteligência artificial na identificação de irregularidades
Na Energisa, a tecnologia tem sido uma aliada importante no trabalho de fiscalização de fraudes e furtos de energia. Equipes especializadas contam com recursos de inteligência artificial (IA) que analisam continuamente os dados de consumo de cada cliente. Qualquer alteração no padrão de consumo gera um alerta para que se busque algum tipo de justificativa – por exemplo, uma conta menor durante o período de férias. Se não for encontrada uma explicação, o cliente poderá ser fiscalizado pela Energisa.
A Energisa conta com um sistema de inteligência artificial capaz de acompanhar o comportamento de consumo de cada cliente e, ao constatar anormalidades no consumo, realizamos inspeções para confirmar se é o caso de furto de energia”, detalha Renan.
Quando a fraude é identificada, além da regularização e abertura do Boletim de Ocorrência, o fornecimento de energia também é interrompido como medida de segurança até que a situação seja regularizada, já que caracteriza um risco iminente.
Além disso, a Energisa realiza a cobrança dos valores retroativos referentes ao período da irregularidade. Programas desenvolvidos pela Energisa permitem simular o comportamento de consumo do cliente e calcular quanto de energia ele teria consumido sem algum tipo de desvio. Não é uma multa, é a cobrança da energia que foi consumida e não foi paga. Os procedimentos para efetuar esta cobrança estão previstos na Resolução 1000 da ANEEL.
Parcerias no combate ao crime
Em diversos estados, a Energisa mantém parceria com as forças de segurança locais para a realização de ações conjuntas de combate a fraudes. As equipes técnicas da polícia realizam uma perícia no local e, caso constatada a fraude, o laudo é encaminhado para as autoridades competentes. Além de efetuar prisões e autuações, as operações também recolhem o material utilizado para realizar ligações clandestinas.
O furto de energia é um crime previsto no artigo 155 do Código Penal, com pena de 1 a 4 anos de reclusão, além de pagamento de multa. Já a adulteração do medidor constitui crime de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal, com pena de 1 a 5 anos de reclusão e pagamento de multa. Há quem acredite que o furto de energia é uma falta menor, mas não é o que defende o gerente da Energisa. Categórico, Leite compara:
O furto de energia é como qualquer outro furto. Infelizmente, parte da população não tem esse entendimento e faz vista grossa para a ação de vizinhos e empresas, o que prejudica toda a comunidade, e os cofres públicos, que deixam de arrecadar impostos”.
Como denunciar
A Energisa segue em atenção total no combate ao furto e fraude de energia, mas as denúncias também são fundamentais para combater essas ações. O anonimato é garantido.
Não compactue com esse crime. Em casos de suspeitas, denuncie. A Energisa recebe as denúncias de forma anônima, ou seja, não é preciso se identificar ao nos informar os locais onde pode haver irregularidades”, acrescenta Renan.
As denúncias podem ser feitas pelos nossos canais de atendimento. Acesse www.gisa.energisa.com.br e selecione a opção "Outros assuntos". No chat, escolha a Opção 9 - Ver todos os serviços e então a Opção 15 - Denúncia de fraude.