Brasil já tem meia Itaipu em sistemas de geração solar instalados
As placas de energia solar fotovoltaicas instaladas em telhados, fachadas de residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos brasileiros já geram 7 GW de potência, segundo mapeamento da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). Essa potência equivale à metade da geração de energia da usina hidrelétrica da Itaipu, localizada em Foz do Iguaçu (PR).
Segundo o levantamento da Absolar existem mais de 611 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede elétrica brasileira, em mais de 765 mil unidades consumidoras. Somente neste ano os brasileiros investiram R$ 35,6 bilhões.
Atualmente a tecnologia está presente em 5.369 municípios, com destaque para Minas Gerais, que gera 1.304 MW, São Paulo, com 888 MW, e Rio Grande do Sul, 849 MW.
O presidente da associação, Ronaldo Koloszuk, projeta que este ano a geração de energia solar crescerá 100% no Brasil e destaca a existência de linhas de financiamento que ajudam a investir na tecnologia que ainda é cara, mas tem retorno rápido e é uma das mais sustentáveis a disposição.
Vendas de veículos elétricos crescem 83% no Brasil
De janeiro a setembro foram comercializados no Brasil 1.544 veículos elétricos, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), que apontam crescimento de 83% sobre as 842 unidades vendidas no mesmo período de 2020. Deste volume 1.423 foram automóveis e 121 foram caminhões elétricos.
Ainda foram vendidos 22.730 modelos híbridos, aqueles que são movimentados por um motor elétrico com auxílio dos tradicionais propulsores a combustão, alimentados por gasolina ou etanol. As vendas de híbridos cresceram 20% de janeiro a setembro com relação aos nove primeiros meses do ano passado.
Mas quais são as diferenças entre os chamados veículos eletrificados, que contam com auxílio de motor e bateria?
HEV – Veículo Híbrido Elétrico
Os veículos híbridos reduzem a emissão de CO2 na atmosfera por combinar a propulsão com motores elétricos e a combustão. Até determinada velocidade rodam apenas com o elétrico; passado este limite, o motor a combustão começa a funcionar.
Além dos dois motores conta com uma bateria, que é recarregada tanto pelo motor elétrico quanto na frenagem, graças ao KERS, sistema de recuperação de energia cinética.
Por se tratar de uma tecnologia mais antiga, é o tipo de veículo a bateria mais popular nas ruas. No Brasil existem veículos híbridos flex, que podem ser abastecidos também com etanol.
BEV – Veículo Elétrico a Bateria
Estes são considerados os veículos 100% elétricos: funcionam somente com um, ou mais, motores elétricos que são alimentados pela bateria. Esta é recarregada na rede elétrica, por meio de recarregadores rápidos, ultrarrápidos e até em tomadas comuns, dependendo do modelo. Também fazem uso do KERS, que ajuda a aumentar a autonomia em grandes cidades, por exemplo, onde o tráfego tem mais paradas.
Não emitem nenhum gás poluente, não possuem escapamento e são, atualmente, os veículos mais baratos no uso, pois o custo da energia elétrica é bem menor do que o dos combustíveis líquidos, como etanol, gasolina ou diesel. Os preços mais elevados destes modelos, porém, ainda impedem sua maior adoção no Brasil.
Costumam dizer por aí que a autonomia é um impeditivo para os carros elétricos, pois não há estrutura de recarga adequada nas estradas. Atualmente, porém, eles são capazes de rodar mais de 300 quilômetros com a mesma carga – mais quilômetros do que a média percorrida por um usuário brasileiro durante uma semana.
PHEV – Veículo Híbrido Plug-in
Os veículos híbridos plug-in são uma mistura dos HEV com os BEV: possuem motor a combustão, motor elétrico e baterias que podem ser recarregadas na tomada.
A diferença deles para os híbridos comuns, além do recarregamento por cabo, é que o motor a combustão é uma espécie de extensor de autonomia: quando acaba a bateria ele é acionado e o veículo passa a consumir o combustível líquido, gasolina ou etanol.
Uma solução para quem precisa de mais autonomia, ou por morar em uma cidade ou trabalhar em outra, ou por pretender fazer longas viagens e não encontrar estrutura de recarga no percurso.
Como funciona o kit solar criado pela Energisa para o Ilumina Pantanal
Desenvolvido pela Energisa, em parceria com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o Governo do Mato Grosso do Sul, o Ilumina Pantanal tem como objetivo levar energia elétrica limpa para mais de cinco mil pessoas que vivem em áreas remotas na região do Pantanal até o ano que vem. A companhia e o governo federal investem mais de R$ 134 milhões no projeto.
Após mais de cinco anos de pesquisa a solução encontrada foi um kit de energia solar, composto por quatro placas e bateria de lítio. Ele atende a duas premissas básicas: oferece tecnologia que não agride o bioma e é composto por materiais com volume e peso baixo, por questões logísticas.
Este kit é instalado nas casas da região, junto com tomadas e lâmpadas em LED, e pode alimentar também uma televisão e uma geladeira. A bateria armazena energia e pode atender às necessidades da residência por até dois dias sem captação, devido a chuvas ou tempo nublado. Cada kit custa R$ 64 mil e é bancado pelo Programa Luz Para Todos, do governo federal.
Reconhecimento internacional
O Projeto Ilumina Pantanal foi indicado a um dos mais importantes prêmios de inovação em geração de energia solar do mundo, o Solar & Storage Live Awards 2021, concedido pela Solar Energy UK, organização britânica sem fins lucrativos que representa a cadeia de energia solar, com mais de 230 associados.
Para o diretor-presidente da Energisa Mato Grosso do Sul, Marcelo Vinhaes, a indicação do Ilumina Pantanal ao Solar & Storage Live Awards 2021 reforça o orgulho que o grupo tem do estado.
“É o nosso Pantanal sendo destaque internacional com a Energisa levando essa iniciativa para um dos maiores encontros em energia renovável do mundo. Seguiremos investindo continuamente em inovação e sustentabilidade. Temos a convicção de que criamos uma solução pioneira e robusta que vai contribuir, de forma significativa, para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e para o desenvolvimento sustentável deste que é considerado um Patrimônio Natural da Humanidade”, declara.
O Ilumina Pantanal concorre com outras duas iniciativas na categoria International Solar and/or Storage Project of the Year, ou Projeto Internacional do Ano Solar e/ou de Armazenamento, na tradução para português. A solenidade de premiação será entre os dias 23 e 25 de novembro em Birminghan, na Inglaterra.
Ranking reconhece engajamento da Energisa em inovação aberta
A Energisa é a Top 3 entre as empresas do setor elétrico mais engajadas em inovação aberta. O resultado do ranking Top Open Corps 2021, divulgado em agosto, é mais um dos reconhecimentos das iniciativas do grupo para ser cada vez mais inovadora.
O ranking foi lançado em 2016 e conta com a participação de 150 mil profissionais que trabalham na área e fazem parte do Open Innovation Week. Essa comunidade monitora a evolução da prática da inovação aberta e premia empresas e startups líderes em inovação no país. Hoje, participam da avaliação na plataforma 18.300 startups e 3.600 corporações.
“O 100 Open Startups é construído a partir de critérios objetivos, com a proposta de reconhecer e premiar as corporações líderes em inovação aberta com startups, além das startups mais atraentes para o mercado corporativo”, conclui Bruno Rondani, CEO da plataforma.
O setor elétrico, segundo o Ranking Top Open Corps 2021, é um dos que movimentam a inovação aberta no país. Em 2020, as empresas estabeleceram 258 relacionamentos de negócios com 146 startups. Com isso, foram responsáveis por gerar diretamente R$ 93 milhões em transações.
Este é o segundo ano consecutivo que a Energisa é classificada entre as 100 empresas com as melhores práticas de inovação aberta no Brasil. Lucas Pinz, diretor de Estratégia, Inovação e Novos Negócios do Grupo Energisa, explica que o objetivo dos investimentos é tornar a energia um bem universal e acessível para todos.
“Como uma das empresas mais inovadoras do setor, criamos demandas e apresentamos soluções que facilitam o dia a dia dos nossos clientes para que a energia elétrica, algo tão essencial, seja ainda mais acessível. Trabalhamos com autonomia e liberdade para impulsionar o desenvolvimento do mercado, sempre em busca de novas ideias”, diz Pinz.
A estratégia de negócio do grupo está baseada na energia 4D (descarbonizada, digitalizada, descentralizada e diversificada) para antecipar o futuro e oferecer soluções inovadoras aos clientes. Como reafirma o diretor da Energisa, a transição energética é uma tendência que estará no centro da agenda setorial que será viabilizada pela tecnologia e que também será uma demanda da sociedade a partir de agora.
Estímulo a projetos
Hoje, a Energisa conta com uma série de ações para promover soluções inovadoras por meio da participação de startups e com o estímulo a ideias de funcionários. A implementação do programa Lá & Cá na empresa durante a pandemia da covid-19 – um sistema de trabalho híbrido onde os colaboradores trabalham 15 dias de forma remota e 15 dias presencialmente na empresa – é um desses exemplos. Foram feitos investimentos para que o modelo garantisse a alta performance dos colaboradores.
Outros prêmios
Apesar das dificuldades enfrentadas desde o início da pandemia, o Grupo Energisa tem conquistado diferentes reconhecimentos. Entre eles, o GPTW e o LinkedIn Top Companies.
Também em agosto, foi anunciado em cerimônia virtual que as distribuidoras da Energisa venceram oito categorias do Prêmio Abradee versão 2021, concedido pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica.
Grupo Energisa lança chamada para projetos de eficiência energética
O Grupo Energisa lançou uma chamada pública para Projetos do Programa de Eficiência Energética (PEE). As inscrições terminam em 22 de outubro e o anúncio dos selecionados acontece no dia 20 de dezembro. O objetivo é promover o uso eficiente da energia elétrica por meio de projetos inovadores.
Fazem parte do projeto 9 estados dos 11 estados onde a companhia atua. São eles: Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rondônia, Sergipe e Tocantins. O envio de propostas e acesso aos editais é feito pela internet por meio do link https://lnkd.in/e_zZc88C.
A previsão é que a Energisa invista em torno de R$ 26 milhões nos projetos do PEE em 2021. O programa, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), é aberto aos clientes atendidos pela área de concessão dos estados das distribuidoras participantes dessa chamada pública.
“É uma oportunidade para os nossos clientes, empreendedores e órgãos públicos desenvolverem projetos sustentáveis, eficientes e de qualidade”, afirma Thiago Peres de Oliveira, coordenador de Eficiência Energética da Energisa.
A empresa, explica o coordenador, investe em projetos que melhoram a qualidade de vida das pessoas e trazem benefícios para a comunidade. “Entre os principais exemplos já desenvolvidos destacam-se melhorias para a iluminação pública, troca de equipamentos e instalação de sistema de geração fotovoltaica em instituições sociais, educacionais e prédios públicos. Temos o compromisso em fazer com que o uso da energia elétrica seja de forma consciente e responsável com o meio ambiente”.
Relatório mostra a urgência de se investir em energia limpa
Um relatório divulgado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), entidade ligada à ONU que estuda o aquecimento global, trouxe dados alarmantes. Desde o início da era moderna, o mundo aqueceu cerca de 1oC, em grande parte em função da ação humana.
O número é preocupante pois a ciência aponta que o limite seguro de aquecimento global é de 1,5o. A partir desse patamar, o risco de mudanças permanentes nos ecossistemas aumenta consideravelmente. As chances dessa barreira ser ultrapassada em algum dos próximos cinco anos é de 40%.
Evitar essa catástrofe ambiental depende de uma articulação entre sociedade civil e governos para zerar as emissões de gases de efeito estufa, os grandes responsáveis pelo aquecimento. Segundo o relatório, para manter o aumento da temperatura abaixo de 1,5oC é preciso chegar à neutralidade em carbono o mais rápido possível e, no máximo, até 2050.
O setor de energia tem um papel central nesse processo. Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), apenas o segmento de eletricidade emite, por ano, mais de 13 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa, e esse número cresceu 60% desde 1992.
Para zerar as emissões do setor até 2050, diz a IEA, será preciso investir mais de 4 trilhões de dólares em energia limpa, como eólica e solar, nas próximas décadas. “Isso irá criar milhões de empregos e impulsionar a economia global”, afirma a agência, em um estudo sobre o tema.
Atenta a esse movimento, a Energisa vem investindo em energias renováveis. O Grupo passou a atuar na produção de energia solar em 2019, com a aquisição da Alsol. A empresa, hoje presente em 12 estados, adota o conceito de “energia 4.0”: só trabalha com fontes renováveis de energia, que podem ser aplicadas de forma combinada ou isoladamente, de acordo com o projeto. O modelo permite oferecer aos clientes a garantia total de fornecimento, viabilizando a redução de custos com energia elétrica.
A Alsol prevê construir ao longo de 2021 um total de 15 novos parques de geração de energia solar, chegando ao final do ano com uma capacidade de 73 megawatts hora (MWh) no pico – o suficiente para abastecer por volta de 70 mil residências. Para tirar os projetos do papel, serão investidos 173 milhões de reais. Segundo projeção da companhia, 14 usinas serão instaladas em Minas Gerais e uma no Rio de Janeiro.
O Centro de Inteligência no Combate às Perdas (Cicop) da Energisa, responsável por identificar variações de energia que indiquem uma fraude, tem buscado na tecnologia formas de melhorar a performance da companhia e assim não apenas atender os indicadores estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mas também garantir qualidade na prestação de serviço aos clientes.
Os investimentos em novas soluções têm levado em consideração não apenas as fraudes em centros urbanos. As áreas rurais também estão sob observação da empresa.
Está em fase de desenvolvimento uma ferramenta que será destinada ao trabalho de checagem de fraudes nas áreas rurais, normalmente de difícil acesso às equipes de campo.
Será possível avaliar também, através de imagem, se o consumo é ou não compatível com o tamanho da unidade consumidora. Em uma etapa posterior, a ideia será usar o mesmo método nas áreas urbanas. Mato Grosso terá uma operação-piloto para a nova ferramenta ainda em 2021. A partir do ano que vem, a Energisa vai expandir seu uso para outras unidades distribuidoras.
Com pandemia, canais digitais passam a ser referência para atendimentos em Mato Grosso
O uso de canais digitais para atendimento ao cliente aumentou com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que recomenda o distanciamento social. Na Energisa Mato Grosso, por exemplo, cerca de 80% dos atendimentos foram realizados digitalmente em 2020. Em 2021, com a continuidade da pandemia e necessidade de isolamento, a tendência é que a busca pelas plataformas digitais continue alta.
“Atualmente, os clientes de Mato Grosso são os que mais usam os canais digitais se comparadas todas as unidades do Grupo Energisa. Desde janeiro, já foram feitos mais de 2,6 milhões de atendimentos virtuais no Estado, com destaque para o uso da Agência Web, que está disponível no site da distribuidora, e da Gisa, atendimento pelo Whatsapp. Entre os serviços, o pedido de segunda via é o mais requisitado”, comenta o coordenador de Atendimento da Energisa Mato Grosso.
O atendimento via canais digitais é feito pelo celular, tablet ou computador. Na lista de serviços oferecidos aos consumidores estão emissão de segunda via da fatura, consulta de débitos, histórico de consumo, negociação de dívida, nova ligação e sinalização sobre falta de energia.
Para que o atendimento ocorra de forma eficiente é importante que o cliente esteja com o cadastro atualizado, lembra o coordenador de Atendimento na Energisa Mato Grosso, Diego Branco. “A primeira coisa a fazer é atualizar o cadastro, o que pode ser feito pelo site (www.energisa.com.br). Com as informações pessoais em dia, é possível baixar o aplicativo no celular ou tablet, ou fazer contato através do WhatsApp, que nossa assistente virtual Gisa, fará o atendimento”.
Oferecer opções fáceis de atendimento ao cliente é o objetivo da Energisa, que nos últimos anos investiu significativamente em tecnologia e no desenvolvimento de plataformas para ter contato direto com o consumidor. O aplicativo Energisa On, por exemplo, foi todo reformulado em 2019 prevendo uma melhor navegabilidade. Disponível gratuitamente para as versões IOS e Android, o aplicativo permite solicitar diversos serviços diretamente do celular. Ao baixar o app, o cliente precisa informar apenas o CPF e selecionar um número de telefone já vinculado ao seu cadastro na Energisa. Um código será enviado para o smartphone para liberar a navegação.
Em agosto de 2019, os clientes passaram a contar também com a Gisa, atendente virtual do WhatsApp (65 9 9999-7974). Com todos os sistemas automatizados e o uso da inteligência artificial é possível saber as preferências de serviços procurados, e melhorar ainda mais a interação com o cliente O site da Energisa é completo e passa por constante avaliação e reformulação, para que o cliente tenha atendimento de forma simples e ágil. Em 2020, a empresa lançou o atendimento em Totens.
Além dos canais digitais, a Energisa mantém 142 agências e pontos de atendimento em Mato Grosso, sendo duas unidades em Cuiabá e as demais espalhadas pelos outros 140 municípios do Estado. Nas agencias também há terminais de autoatendimento, onde é possível ter a demanda atendida sem pegar senha. O cliente também pode fazer contato pelo 0800 646 4196.
Serviços disponíveis nos canais digitais
Emissão de segunda via da fatura
Alteração de data de vencimento
Consulta de débitos
Histórico de consumo
Declaração de quitação
Informar leitura
Débito automático
Negociação de dívida
Atualização dos dados da fatura
Cadastro da fatura por e-mail
Informar falta de energia
Alteração de carga
Religação de energia
Alteração de demanda
Nova ligação
Serviço: Canais Digitais da Energisa
Aplicativo Energisa On (disponível para iOS e Android)
Gisa: (65) 9 9999-7974 (assistente virtual da Energisa pelo WhatsApp)
Presidente do Grupo Energisa é escolhido “Executivo de Valor”
Ricardo Botelho, presidente do Grupo Energisa, foi escolhido como vencedor do prêmio Executivo de Valor, do jornal Valor Econômico, no setor de energia. A cerimônia on-line aconteceu no final de julho. Nessa 20ª edição, que avalia o trabalho ao longo de 2020 – um ano marcado pelo desafio do início da pandemia - foram reconhecidos 24 gestores ligados a empresas de 19 setores da economia, além das categorias presidente de conselho de administração, jovem liderança, transformação digital, ativismo social e startup de sucesso.
À frente da companhia, além de conduzir a expansão dos negócios nas atividades de distribuição, geração, comercialização e soluções integradas para o mercado de energia elétrica, mais as atividades voltadas à energia fotovoltaica, Botelho tem concentrado esforços em alguns pilares: ambiental, geração de empregos e inovação.
“Somos o maior grupo privado nacional do setor elétrico. Nenhum outro grande grupo conhece o Brasil tão bem quanto nós”, diz o executivo.
A Energisa foi fundada há 106 anos em Cataguases, interior mineiro. Hoje atua em 11 estados e é a distribuidora com maior presença nas unidades da federação que compõem a Amazônia Legal – Mato Grosso, Tocantins, Rondônia e Acre -, o que desafia seus colaboradores a buscarem caminhos para o desenvolvimento econômico por meio de uma matriz de energia renovável. Sua missão é oferecer um portfólio diversificado, respaldado pelos valores socioambientais, que leve qualidade no serviço oferecido aos clientes e que seja um negócio atraente para os investidores.
No início do ano, o grupo passou a atuar no segmento de soluções financeiras por meio da Voltz, a primeira fintech do setor elétrico, voltada ao mercado como um todo. Seus clientes contam com uma conta digital com os melhores serviços. Graças a capilaridade da Energisa, esse negócio tem previsão de um crescimento rápido. Esta é mais uma das iniciativas da companhia que resultaram dos investimentos em inovação. Outra, mais recente, é a Energisa Digital Labs, que tem como missão conectar a necessidade dos clientes a grandes tendências.
Hoje, já é possível antever falhas que podem gerar grandes danos aos clientes. Hoje, a Energisa gera cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos em 862 municípios. Em 2021, os investimentos totais serão da ordem de R$ 3,9 bilhões, entre recursos na área de distribuição, geração, serviços 4D e programas de acesso à energia, como o Luz para Todos.
Digital Labs: nasce o primeiro centro de inteligência artificial do setor elétrico
Em live realizada em 29 de junho, o Grupo Energisa apresentou o Digital Labs. Trata-se do primeiro centro de inteligência artificial (IA) do setor elétrico, criado para acelerar a transformação digital da empresa. No biênio 2020-2021, devem ser investidos em inovação em torno de R$ 350 milhões.
O centro de excelência em advanced analytics e IA tem o objetivo de desenvolver tanto produtos e serviços para clientes quanto soluções de fomento do setor elétrico nacional. O espaço, com sede no Rio de Janeiro, servirá para fomentar a inovação, a criatividade, a troca de experiências entre colaboradores e também com parceiros e clientes. Além disso, o centro de pesquisa viabilizará a interação com todas as distribuidoras e empresas do Grupo Energisa.
Mediada pela jornalista Miriam Leitão, de O Globo, a live, transmitida pelas redes sociais da revista Época Negócios, trouxe como convidados Paulo Castro, professor e chefe do departamento Metodologias da Computação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), Pepe Cafferata, sócio da McKinsey Brasil e o anfitrião Lucas Pinz, diretor de Inovação e Planejamento Estratégico da Energisa.
Para Pinz, as transformações no setor elétrico, nos hábitos do consumidor e na sociedade de uma forma geral, que se aproximam cada vez mais do universo digital, criam novas possibilidades de negócios – sejam produtos ou serviços - no ecossistema do qual fazem parte empresas, empreendedores e startups.
O diretor da Energisa exemplificou alguns recursos que vão ganhar ainda mais espaço com o Digital Labs. “Se imagine recebendo informações em tempo real sobre o seu consumo de energia, ou recebê-la com mais qualidade porque é possível fazer manutenção preditiva na infraestrutura de fornecimento energético. Na Energisa, conseguimos antever falhas que podem gerar grandes danos.” Como lembra Pinz, a IA já é uma ferramenta importante na prevenção de eventos e condições climáticas importantes para o setor.
O executivo ressalta que o futuro do setor elétrico depende de soluções inovadoras, com o uso de tecnologias e novas metodologias voltadas a estimular a agilidade e a criatividade dos colaboradores da companhia. “O Energisa Digital Labs representa a síntese da inovação que sempre esteve presente em nosso DNA”, afirma.
Outra missão importante do Energisa Digital Labs é o desenvolvimento de habilidades de ciência e engenharia de dados nas diferentes unidades de negócios da companhia. Isso será feito por meio da disseminação e da descentralização do conhecimento, além da valorização da cultura de inovação. Foi criada uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais com perfis complementares. Por exemplo, estatísticos, matemáticos, físicos, engenheiros, cientistas de dados, designers, arquitetos e desenvolvedores.
Além de contar com a equipe própria e desenvolver soluções para as diferentes atividades do grupo, o Energisa Digital Labs vai buscar parcerias. “Queremos estreitar conexões com principais players do mercado, incluindo startups e instituições científicas, sempre com a meta de gerar valor por meio da inovação, tanto para a Energisa, como para o setor elétrico brasileiro. Com o Digital Labs, estamos desenvolvendo novos produtos posicionados na vanguarda das tendências tecnológicas”, explica Pinz.
O trabalho será desafiador. Serão colocadas em prática iniciativas voltadas à melhoria da eficiência operacional, que permitam um ganho de experiência dos clientes e gerem novos produtos e serviços tanto para o mercado nacional quanto internacional. “Seremos cada vez mais uma plataforma de soluções energéticas, promovendo a digitalização, descentralização, descarbonização e a diversificação, habilitada pelo uso intensivo de inteligência computacional”, destaca o diretor da Energisa.
Assim como Pinz, Cafferata acredita que a IA será grande geradora de soluções e de negócios. Hoje, estima-se que o uso seja responsável pela geração de um valor entre US$ 8 e US$ 10 bilhões apenas no setor de energia. No cenário pós-pandemia, aponta o executivo da McKinsey Brasil, a mudança de comportamento dos consumidores vai acelerar novas demandas, assim como a preocupação cada vez maior com o uso de fontes renováveis e mais eficientes.
“O consumidor agora faz compras de um modo mais planejado, quer segurança, tem mais consciência e dá valor as ações sociais e a sustentabilidade. A casa passou a ser um lugar central para as famílias. Bem-estar e conforto ganharam importância. Além disso, há uma tendência de desurbanização. Isso tem impacto no mercado e a inteligência artificial pode ajudar”, explica Cafferata.
O sócio da McKinsey Brasil cita alguns recursos da AI. Por exemplo, a possibilidade de adaptar a oferta de energia de forma personalizada. No caso do gás natural, a IA permite fazer um mapeamento de hábitos, como a possibilidade de o cliente ter itens como fogão e aquecedores. Com isso, as empresas têm mais precisão na hora de disponibilizar seus serviços.
“Quanto mais acesso a dados, mais algoritmos e plataformas se tornaram possíveis. O setor energético é um grande gerador de dados, o que pode levar a descoberta de novos padrões e modelos de negócios”, acrescenta Castro.