Mato Grosso do Sul

A ferro e fogo: o Brasil pelo olhar de artistas populares A ferro e fogo: o Brasil pelo olhar de artistas populares

Publicada em: 23/01/2025

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 Sustentabilidade

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Mato Grosso do Sul

A ferro e fogo: o Brasil pelo olhar de artistas populares

O Arte nas Estações, idealizado pelo colecionador e gestor cultural Fabio Szwarcwald, apresenta A ferro e fogo, exposição que marca o encerramento de sua itinerância em Campo Grande. A mostra, que conta com patrocínio master da Energisa, ocupa o Centro Cultural José Octávio Guizzo até 19 de fevereiro, reunindo uma importante coleção de arte popular brasileira. A exposição convida o público a uma reflexão profunda sobre a história do Brasil, marcada por lutas, conflitos e a relação complexa entre o ser humano e a natureza.

O projeto nasceu de um movimento para dar visibilidade ao acervo do Museu Internacional de Arte Naïf (Mian), fechado em 2016 devido à falta de financiamento. O museu era considerado o maior do gênero no mundo, reunindo mais de 6 mil obras de 120 países. Diante do risco de dispersão das obras, Fabio Szwarcwald uniu forças com o curador Ulisses Carrilho, criando o projeto como uma forma de preservar e compartilhar esse legado.

“O pênalti perdido”, de Dalvan (1998)


Desde 2023, o projeto tem levado esse acervo para além do eixo Rio-São Paulo. A ferro e fogo é a terceira mostra apresentada em Campo Grande, depois de Entre o céu e a terra e Sofrência. A inspiração para o título vem de uma das músicas mais conhecidas da dupla Zezé di Camargo e Luciano:

A música A ferro e fogo, um fenômeno da cultura de massa, narra as mazelas que assolam a vida de um indivíduo. Da vida dura, no campo social, à vontade de ter o ser amado, na esfera pessoal”, observa Carrilho.

O nome da exposição também faz relembrar as grandes queimadas sofridas pelo Mato Grosso do Sul no último ano. As obras expostas retratam desde cenas do cotidiano no campo e na cidade até representações impactantes de momentos históricos como o embarque de escravizados, a morte de Zumbi dos Palmares, o enterro de Chico Mendes, além de denúncias sobre queimadas, desmatamento e a ditadura militar.

A ferro e fogo chega num momento em que Mato Grosso do Sul vive os efeitos das grandes queimadas. Então acho que essa exposição, que carrega o fogo no título, vem nos relembrar um pouco da urgência das ecologias como uma pauta política que fica radicalmente mais evidente”, analisa Carrilho.

“Queimadas”, de Odoteres Ricardo Ozias (2001)


A mostra busca homenagear a resistência do povo brasileiro ao longo de sua história, marcada por lutas e conquistas. As obras expostas evidenciam a força da natureza e a ação humana, complexificando as relações entre natureza e cultura. O curador convida os visitantes a "desconfiar da suposta ingenuidade um dia atribuída a esses artistas e perceber em cada fatura a densidade das denúncias presentes nas telas expostas".

Além da exposição, o Arte nas Estações oferece uma programação educativa especial, com oficinas gratuitas para crianças a partir de 5 anos (acompanhadas dos responsáveis), jovens e adultos, de terça a sábado, das 14h às 17h. A programação completa está disponível no site artenasestacoes.com.br ou Instagram @artenasestacoes.

“Independência ou morte”, de Lia Mittarakis (1992)


Serviço:

Exposição A ferro e fogo

  • Local: Centro Cultural José Octávio Guizzo – Rua 26 de agosto, 453 – Centro, Campo Grande (MS)
  • Datas: de 19 de dezembro de 2024 a 19 de fevereiro de 2025
  • Horários de visitação: Terça a sábado, das 9h às 18h (quinta, horário estendido até às 20h)
  • Entrada: Gratuita
  • Classificação: Livre
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Jardim de Pedra: a história esquecida de Glauce Rocha Jardim de Pedra: a história esquecida de Glauce Rocha

Publicada em: 06/01/2025

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 Sustentabilidade

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Mato Grosso do Sul

Jardim de Pedra: a história esquecida de Glauce Rocha

Você já ouviu falar em Glauce Rocha? É um nome que circula muito por aí, nomeando ruas, praças e teatros em diversas cidades do país. Em Campo Grande/MS, seu nome batiza o teatro da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Mas afinal, quem foi Glauce Rocha?

Foi cursando jornalismo na UFMS que Daphyne Schiffer também se fez essa pergunta. Dessa curiosidade inquietante nasceu o curta-metragem documentário Jardim de Pedra: Vida e Morte de Glauce Rocha, dirigido por Daphyne e Rodrigo Rezende. O filme pode ser assistido dentro de uma exposição sobre Glauce que ocupa o Espaço Energia em Campo Grande até o dia 14/02.

Na época do curso de jornalismo, eu sempre frequentei o Teatro Glauce Rocha, que é o maior teatro da cidade. Eu sempre perguntava para as pessoas, quem foi Glauce Rocha? Ninguém sabia dizer, alguns achavam que era um homem. Eu quis descobrir quem era essa mulher, o que ela tinha feito, por que que ela dá nome a um teatro. Assim eu comecei a pesquisa e fui me apaixonando cada vez”, contou Daphyne.

Nascida em Campo Grande, em 1930, Glauce Rocha destacou-se como uma das grandes atrizes do teatro e do cinema brasileiros. Quando a atriz nasceu, o Mato Grosso ainda era unificado. Vinda de uma região ainda pouco representada nas artes nacionais, Glauce trouxe um olhar único e poderoso para o palco e as telas. Mudando-se para o Rio de Janeiro, logo se integrou aos círculos artísticos, tornando-se uma das vozes ativas do Cinema Novo, movimento que revolucionou o cinema brasileiro com sua abordagem crítica e inovadora.

No teatro, Glauce brilhou em montagens marcantes, sendo reconhecida por sua presença cênica e intensidade emocional. No cinema, atuou em filmes emblemáticos, como Os Cafajestes (1962), obra que desafia tabus da sociedade da época; Terra em Transe (1967), de Glauber Rocha, uma das obras-primas do Cinema Novo; além do icônico e revelador 5x Favela (1962). Seus trabalhos não apenas consolidaram sua posição como uma das grandes intérpretes brasileiras, mas também contribuíram para discutir temas políticos e sociais que marcaram os anos 1960 e 1970.

Um painel da exposição com fotos e a frase de Glauce Rocha: "Olha, o senhor me dá a licença de acreditar na natureza humana?"


Toda essa trajetória brilhante foi interrompida precocemente em 1971, aos 41 anos, devido a complicações de saúde. Sua morte foi uma perda irreparável para a cultura brasileira. Como no Brasil nem sempre temos os grandes nomes da cultura lembrados e reverenciados como deveriam, o filme de Daphyne Schiffer lança uma luz fundamental no legado desta grande mulher brasileira. A pesquisa foi intensa e envolveu a busca por fontes em Campo Grande, Rio de Janeiro e São Paulo.

Quando decidi fazer a pesquisa, tudo começou como meu trabalho de final de curso, mas o projeto foi crescendo. Sabendo que ela tinha trabalhado no Rio e em São Paulo, viajamos para lá e conseguimos entrevistar pessoas importantes que tiveram muito contato com a Glauce, como o Cacá Diegues. Fiz pesquisas no Arquivo Nacional e depois fui para São Paulo, onde conversei com atrizes que acompanharam a carreira da Glauce, como Norma Blum. Mas o lugar mais importante foi a Cinemateca Brasileira”, disse Daphyne.

A pesquisa na Cinemateca Brasileira trouxe à tona muitas informações sobre filmes, peças e participações de Glauce na construção de um cinema nacional vivo, premiado e combativo. Apesar de seu enorme talento, Glauce Rocha não era uma atriz que queria o glamour do tapete vermelho. Os holofotes só serviam para quando estava em cena. Totalmente entregue com paixão à sua profissão, Glauce atuava como quem luta para educar e transgredir.

Um painel da exposição com fotos e a frase de Glauce Rocha: "Minha função não é ser estrela, é ser atriz"

Com o material que recolhemos, é possível fazer um longa sobre a Glauce. Achei histórias maravilhosas. Como quando um espectador dormiu no meio de uma peça e ela o acordou dizendo que teatro não era lugar de dormir e sim de refletir! Outra bem impactante é quando uma de suas falas em uma peça foi censurada pela ditadura militar. Glauce usou gestos bem expressivos que traduziam no corpo o que não podia ser dito em voz alta. Isso saiu nos jornais, ela foi levada à delegacia, teve que prestar depoimento e correu muitos riscos, mas não admitia ser censurada”, contou a diretora.

A passagem pelo Rio de Janeiro levou Daphyne ao Retiro dos Artistas, um local que já teve um jardim com o nome de Glauce Rocha, segundo seu biógrafo José Octávio Guizzo. Mas, o Brasil é mesmo um país afeito a apagamentos. Aqui onde tudo parece construção e já é ruína, como diz Caetano Veloso.

Quando cheguei ao Retiro dos Artistas não achei o jardim, achei apenas um pátio acimentado, um jardim de pedra. Isso me pareceu tão simbólico sobre esses esquecimentos e o que escolhemos lembrar da nossa cultura. Ali entendi que essa metáfora deveria ser o nome do filme”, revelou Daphyne.

No documentário, a atriz Norma Blum nos fala sobre como um país sem memória é um país sem futuro, de como precisamos resgatar esse passado, entender quem e o que veio antes de nós para poder seguir em frente, corrigindo os erros do passado e inventando um novo futuro. É isso que o filme de Daphyne faz pela memória de Glauce Rocha, do teatro e do cinema brasileiros.

Se você mora em Campo Grande, pode ir ao Espaço Energia ver a exposição sobre Glauce Rocha e assistir ao curta Jardim de Pedra: Vida e Morte de Glauce Rocha. Ou siga o perfil @jardimdepedraofilme para descobrir as próximas exibições em outros locais.

Glauce Rocha vive não apenas nos teatros, ruas e espaços que levam seu nome, mas também na memória de quem se dispõe a redescobrir sua história e seu legado. Ao apoiar projetos como Jardim de Pedra, a Energisa reforça seu compromisso com a valorização da cultura brasileira. É por meio de ações como essa que a empresa contribui para manter viva a memória de quem ajudou a moldar nossa arte, inspirando novas gerações e conectando as comunidades ao rico patrimônio cultural brasileiro.

Uma folha de jornal com a manchete: "Glauce Rocha volta a brilhar"


Serviço:

  • Exposição sobre Glauce Rocha
  • Local: Espaço Energia (Av. Afonso Pena, 3901, Campo Grande/MS)
  • Datas: de 21 de novembro de 2024 a 14 de fevereiro de 2025
  • Horários:
    • Exposição: de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h
    • Exibições do curta Jardim de Pedra: Vida e Morte de Glauce Rocha: terças e quintas-feiras, às 10h e 13h15 (16 min de duração)
  • Entrada: gratuita
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Estudante de MS supera 260 mil alunos e vence a ONEE 2024 Estudante de MS supera 260 mil alunos e vence a ONEE 2024

Publicada em: 05/12/2024

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Mato Grosso do Sul

Estudante de Mato Grosso do Sul supera 260 mil alunos e vence a Olimpíada Nacional de Eficiência Energética 2024

Malu Araújo Azevedo, de 14 anos, estudante do 9º ano do Ensino Fundamental, foi premiada como grande vencedora da edição 2024 da Olimpíada Nacional de Eficiência Energética (ONEE). Representando Mato Grosso do Sul, Malu recebeu a medalha após superar mais de 260 mil participantes de todo o Brasil.

A ONEE é uma iniciativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) com o objetivo de incentivar o consumo consciente de energia elétrica entre alunos do 8º e 9º anos das redes pública e particular de ensino. Organizada pelo Instituto da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE), a competição contou com o apoio de mais de 40 distribuidoras de energia em todo o país, incluindo a Energisa Mato Grosso do Sul.

Malu, estudante de escola pública, conheceu a Olimpíada em 2023, durante uma palestra promovida pela Energisa na Escola Municipal Professora Iracema de Souza Mendonça. Foi seu professor de física, Lennon Malta, quem inscreveu os alunos na competição. Segundo Malu, o material fornecido pela organização foi essencial para sua preparação.

A ANEEL disponibilizou um curso online gratuito e um simpósio com materiais de excelente qualidade. Eles foram a base dos meus estudos”, contou.

A competição foi realizada em duas etapas: a primeira, em formato de games interativos; e a segunda, com provas objetivas. Na fase nacional, em Brasília, os desafios incluíram jogos de tabuleiro, perguntas discursivas e até atividades com óculos de realidade virtual.

Foi a primeira oportunidade que tive de sair do Mato Grosso do Sul e conhecer o Distrito Federal. Só isso já foi muito para mim. Sobre a competição, o desafio com realidade virtual foi o mais incrível! Precisávamos tomar decisões eficientes dentro de uma casa simulada. Foi uma experiência muito tecnológica e inovadora”, destacou Malu.

“O importante é competir”, diz o lema de um dos criadores das Olimpíadas modernas, o Barão de Coubertin. Para todos os competidores, ficam para sempre o conhecimento adquirido e a experiência de participar de um encontro nacional desse porte. Mas  além desse aprendizado, a vitória trouxe um sentimento de realização pessoal para Malu:

Foi uma sensação indescritível! Ver meu esforço recompensado me deixou muito orgulhosa. Ser anunciada como campeã nacional em uma live teve um impacto muito maior do que apenas ler o resultado em um site", afirmou.

Educação e sustentabilidade em foco

O diretor-presidente da Energisa Mato Grosso do Sul, Paulo Roberto Santos, destacou com entusiasmo o desempenho do estado no concurso, ressaltando a importância do resultado:

Estou muito feliz porque participaram deste processo mais de 260 mil crianças, sendo que mais de duas mil são de Mato Grosso do Sul, de escolas públicas e privadas, e a primeira colocada é daqui. O resultado põe Mato Grosso do Sul no lugar que merece. Somos um dos estados que mais crescem no país e o ensino está fazendo a parte dele”, afirmou.

Para o Secretário Municipal de Educação de Campo Grande, Lucas Bitencourt, a premiação reflete o esforço coletivo das escolas em integrar temas como energia limpa ao currículo escolar.

O projeto fala sobre energia limpa e nossa aluna contextualizou isso com o currículo e com as disciplinas. Esse prêmio também reconhece o belíssimo trabalho dos professores, da equipe pedagógica, da direção, em trazer para esse aluno um ser crítico pensante na sociedade”, destacou.

Planos futuros

Malu também compartilhou como a ONEE influenciou seus planos para o futuro. Ela revelou que pretende fazer um curso técnico em eletrotécnica no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, com o sonho de ingressar na engenharia elétrica ou aeronáutica.

Sempre gostei de ciência e matemática, mas a Olimpíada me deu ainda mais motivação para seguir em busca desse sonho. Quero muito me tornar uma cientista”, concluiu.

O pai de Malu, Regis Azevedo, não escondeu o orgulho com a premiação da filha. E relatou que a participação da filha na ONEE 2024 já mudou hábitos dentro de casa.

Ela aprendeu e, agora, tem nos cobrado a não ficar gastando energia à toa, como deixar luz acessa sem necessidade ou abrir a geladeira, como o irmão menor faz, e ficar olhando o que tem dentro”, contou.

A vitória de Malu Araújo coloca Mato Grosso do Sul em destaque nacional e reforça a importância de iniciativas como a ONEE na promoção da sustentabilidade e da educação de qualidade. Formar pensadores e cientistas é fundamental para o crescimento do país. Ensinar crianças e adolescentes sobre consumo responsável, energia limpa e novos hábitos em relação ao meio ambiente, é algo que transforma o futuro e traz mudanças no presente: os participantes da ONEE voltam para casa compartilhando novos saberes com suas famílias.

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A flor da eficiência energética no Parque das Nações Indígenas A flor da eficiência energética no Parque das Nações Indígenas

Publicada em: 22/05/2024

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Mato Grosso do Sul

A flor da eficiência energética no Parque das Nações Indígenas

O Parque das Nações Indígenas (PNI), localizado no bairro do Prosas, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, é uma das joias da cidade. Com mais de 1 milhão de metros quadrados, o parque é um espaço vital para o lazer e o turismo na cidade, oferecendo uma variedade de atividades recreativas e culturais para moradores e visitantes. Com uma enorme área verde, incluindo áreas de mata nativa e um lago central, o PNI abriga museus e celebra a força e a diversidade dos povos originários.

Além de toda essa importância e todas essas atrações, o parque ganhou uma nova estrela. Desde o dia 30 de abril, quem passeia pelo PNI pode encontrar a Flor Solar, um monumento de design, beleza, arquitetura e engenharia em nome da eficiência energética no centro oeste do Brasil. Essa iniciativa, aliando preservação ambiental e inovação tecnológica, tem o patrocínio da Energisa, que investiu R$ 600 mil no projeto, como parte do Programa de Eficiência Energética da ANEEL.

Quem “plantou a semente da flor” foi a Agems, Agência de Regulação de Serviços Públicos do MS. A ideia foi prontamente abraçada pela Energisa que, em parceria com o Governo do Estado e a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, tornou o projeto possível.

A Flor Solar tem 5 metros de diâmetro e 12 enormes pétalas de placas solares. Com painéis fotovoltaicos estrategicamente integrados à sua estrutura, ela simula o movimento de heliotropismo de um girassol, virando-se para buscar sempre a melhor incidência do sol, abrindo-se durante o dia e fechando-se à noite. Sua forma única e elegante harmoniza-se perfeitamente com o ambiente natural do parque. No entanto, o que a torna ainda mais especial é seu sistema de captação e aproveitamento de energia solar.

A otimização de geração de eletricidade faz com que o equipamento produza até 40% mais energia do que um sistema de energia solar convencional. Essa eletricidade é utilizada para alimentar a iluminação interna e externa da estrutura, bem como para outras necessidades funcionais, como carregar tablets e celulares de quem frequenta o Parque das Nações. Esses pontos de recarga funcionam mesmo à noite, quando a Flor está fechada.

Estação de carregamento ao lado da Flor Solar

O engenheiro especialista em eficiência energética Emerson Nantes, que liderou a equipe da Energisa responsável pelo projeto, é um dos maiores entusiastas da Flor Solar. O Espaço Energia, que desde 2015 promove ações educativas sobre eficiência energética com escolas públicas e privadas, agora passará a levar estudantes ao Parque das Nações e à Flor Solar, ampliando ainda mais uma iniciativa que já recebeu mais de 60 mil pessoas ao longo de quase 10 anos.

A Flor Solar surgiu como um projeto dentro do Espaço Energia, que funciona aqui em Campo Grande. Mas a Flor precisava de um local especial para ela. Junto com o governo, decidimos pelo Parque, que é um cartão-postal da cidade. A Flor produz 400 kWh mensalmente, o que seria suficiente para abastecer 2 casas, de acordo com a média de consumo do nosso estado. Ela ainda acumula carga em um banco de baterias, que alimenta todo o entorno durante a noite. Por fim, ela conta com um mecanismo de proteção especial: quando os ventos estão fortes, ela fecha as pétalas para se proteger, o que garante longevidade para a estrutura”, contou Emerson Nantes.

Vivian Breier é arquiteta e trabalha há 8 anos como parceira da Energisa em projetos realizado pelo departamento de Eficiência Energética. Foi ela a responsável pelo desenho do projeto da Flor Solar, em Campo Grande. O local foi escolhido por ser próximo ao lago, um ponto de observação do belíssimo pôr do sol. Por já ser um espaço aberto, não foi necessária a remoção nem poda de nenhuma árvore para o plantio da Flor. Todo paisagismo foi pensado com a fauna nativa da região e o jardim que rodeia a Flor é repleto de cambarás, uma flor conhecida por atrair borboletas, o que deixa o ambiente ainda mais vívido. A base de concreto, em forma de banco circular, eleva a Flor Solar e a deixa livre para se movimentar na busca pelo sol.

Pensamos no entorno da Flor Solar como um espaço acolhedor, para dar a real noção de que ela está viva dentro do Parque. As pedras portuguesas fazem o desenho de pétalas ao redor do monumento, mas muita gente vê velas ou pessoas de mãos dadas. Os quiosques em volta, com bancos curvos e mesinhas, são um convite para o pessoal tomar um tereré e contemplar a natureza. Todos eles têm pontos de energia alimentados pela energia solar. Acho a Flor um exemplo de possibilidade de energia limpa e eficiente, para pensarmos em um futuro melhor”, contou Vivian Breiner.

Público curtindo uma tarde no Parque, próximo à Flor Solar

A eficiência energética da Flor de Sol não apenas reduz seu impacto ambiental, mas também serve como um dispositivo educacional, um exemplo inspirador de como a arquitetura pode ser projetada de maneira sustentável. Além disso, a inauguração da Flor Solar no Parque das Nações Indígenas destaca o compromisso do Grupo Energisa e da cidade de Campo Grande com a preservação ambiental e o desenvolvimento tecnológico.

Esse projeto é um marco dentro da inovação que a Agems vem trabalhando, focando na melhoria e na eficiência dos serviços, e na educação para o desenvolvimento sustentável de Mato Grosso do Sul. A Flor Solar une turismo com sustentabilidade e consciência ambiental para as pessoas sobre o uso da energia limpa. Estamos muito felizes com mais essa conquista e tenho certeza de que vai ser um sucesso”, diz o presidente da Agems, Carlos Alberto de Assis.

Essa iniciativa não só contribui para a conscientização sobre a importância da energia limpa e renovável, mas também demonstra como é possível integrar soluções sustentáveis em espaços públicos, promovendo um futuro mais verde e resiliente. A Energisa Mato Grosso do Sul já investiu, até 2023, mais de R$ 4,13 bilhões principalmente na melhoria da qualidade e no atendimento de novos negócios que crescem ou chegam ao estado.

Completamos 10 anos de Energisa em Mato Grosso do Sul agora no mês de abril. São 10 anos de intensas transformações e contribuições com o desenvolvimento do estado. Para simbolizar esses 10 anos, estamos entregando a Flor Solar no Parque da Nações, um parque que representa um presente para todos os municípios”, disse o diretor-presidente da Energisa Mato Grosso do Sul, Marcelo Vinhaes.

Marcelo Vinhaes, diretor-presidente da Energisa MS, na inauguração da Flor Solar
Marcelo Vinhaes, diretor-presidente da Energisa MS, na inauguração da Flor Solar
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