COP30: Entre ambição e realismo, o Brasil entra na era da adição energética?
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30) coloca o Brasil no centro de um debate que amadureceu rapidamente. Em Belém, o país não será julgado apenas por suas metas climáticas, mas pela capacidade de integrar ambição e realismo em um sistema elétrico que precisa garantir estabilidade em meio a um cenário global mais volátil.
A discussão internacional avança para um novo eixo: segurança energética, confiabilidade e resiliência tornaram-se tão determinantes quanto a redução de emissões. E, diante desse novo equilíbrio, o Brasil terá de demonstrar não apenas visão estratégica, mas também coerência operacional.
Para isso, é preciso reconhecer que transições energéticas não se dão por rupturas súbitas. Como evidenciado por Daniel Yergin e por décadas de pesquisa histórica, sistemas energéticos evoluem lentamente, por adição, não por substituição abrupta.
Essa leitura é reforçada por Ernest Moniz, professor emérito do MIT e fundador do MIT Energy Initiative, que afirma que a transição energética é “gradual por natureza” e depende de infraestrutura, inovação e segurança energética em ciclos longos. Moniz sintetiza o que define a década atual: a humanidade está avançando por camadas, não saltando entre eras energéticas.
Essas e outras reflexões fazem parte do novo artigo da Energisa em parceria com o MIT Technology Review Brasil, publicação vinculada ao Massachusetts Institute of Technology (MIT). O texto integra a série especial desenvolvida em conjunto com a instituição, apresentando dados, análises e aprendizados.
O artigo completo está disponível no portal da MIT Technology Review Brasil. Clique aqui.