Busão das Artes chega a Palmas com Lixúria, exposição imersiva sobre lixo

Sustentabilidade

08/09/25 - 6 minutos de leitura

Busão das Artes chega a Palmas com exposição Lixúria, uma experiência imersiva sobre lixo, meio ambiente e futuro

Busão das Artes chega a Palmas com Lixúria, exposição imersiva sobre lixo.

Busão das Artes chega a Palmas com Lixúria, exposição imersiva sobre lixo

Sustentabilidade

08/09/25 - 6 minutos de leitura

Busão das Artes chega a Palmas com exposição Lixúria, uma experiência imersiva sobre lixo, meio ambiente e futuro

Busão das Artes chega a Palmas com Lixúria, exposição imersiva sobre lixo.

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Um museu sobre rodas que reflete a sociedade e se camufla no espaço urbano. Assim é a nova temporada do Busão das Artes, um caminhão-baú de 15 metros que, desde 2021, se transforma em espaço expositivo e percorre o Brasil. Com curadoria e direção artística de Marcello Dantas, o projeto apresenta agora a exposição “Lixúria” — uma jornada sensorial que une arte e educação ambiental.

Depois de passar por Porto Velho (RO) em agosto, o Busão chega a Palmas (TO) e ficará estacionado na Praça dos Girassóis, até o próximo dia 16 de setembro, com entrada gratuita. O público em geral poderá visitar a mostra, que também oferecerá uma programação especial para escolas públicas e privadas do estado.

Patrocinado, na região Norte do país, pelo Grupo Energisa, por meio do programa Energisa Cultural, e com apoio cultural do Instituto Energisa, por meio da Lei Rouanet, o projeto reúne obras de artistas visuais como Vik Muniz, Sueli Isaka, Guto Lacaz, Sandra Lapage, Pirilampos do Planeta, Tomazicabral, Jessica Mein, Karola Braga, Coopa Roca, Janaina Mello Landini, Adrianna Eu e Alexandre Farto aka Vhils. Ao longo do semestre, o Busão das Artes também passará por Fortaleza (CE), São Paulo (SP) e diversas cidades do Rio de Janeiro (Paraty, Resende, Cabo Frio, Macaé, Areal, Petrópolis, São Gonçalo, Niterói e Rio de Janeiro). A expectativa é receber mais de 130 mil visitantes nesta temporada.

Propondo uma reflexão sobre o lixo e o papel de cada indivíduo na construção de um futuro mais sustentável, a experiência começa pelo próprio caminhão, revestido com película espelhada que reflete o entorno, quase desaparecendo no espaço urbano e tornando-se um espelho crítico da sociedade. O espaço expositivo é dividido em áreas internas e externas, concebidas para provocar e surpreender o público — especialmente crianças e adolescentes — com experiências lúdicas e sensoriais.

Lixo é um espelho da sociedade

O lixo é um espelho do nosso comportamento. Quando olhamos para o que descartamos, enxergamos quem somos como sociedade. A proposta da exposição “Lixúria” é justamente tornar esse espelho visível e provocar reflexão sobre nossos hábitos de consumo e descarte. Cada pessoa gera, em média, até 28 toneladas de resíduos ao longo da vida. É um dado brutal, mas que precisa ser encarado. Se até um bebê, nas primeiras semanas de vida, já produz uma quantidade considerável de resíduos, precisamos repensar coletivamente o destino de tudo o que descartamos”, explica o curador Marcello Dantas.

Segundo ele, "o lixo não desaparece. Ele se acumula, se transforma e também pode ser ferramenta de educação e cidadania. Queremos tirar o lixo “debaixo do tapete” e colocá-lo no centro do debate, da arte e da curiosidade. O que parece rejeito, na verdade, carrega histórias, potencial criativo e até beleza”.

Dentro do Busão, o visitante se depara com uma cenografia marcante: um patchwork de embalagens que reveste paredes e teto, construído a partir de lixo limpo como tampinhas, embalagens Tetra Pak, pacotes e plásticos diversos. A exposição também apresenta a obra Marat (Sebastião), da série Pictures of Garbage, de Vik Muniz, criada a partir de seu projeto com catadores do aterro sanitário de Jardim Gramacho (RJ). No mesmo espaço, o clássico curta-metragem “Ilha das Flores” (1989), de Jorge Furtado, é exibido em looping, convidando o público a repensar consumo, desigualdade e o destino do lixo.

Balança mede produção individual de lixo

O visitante também encontra duas estações interativas: uma balança que calcula, em quilos, a quantidade de lixo que cada pessoa produzirá ao longo da vida — dando uma dimensão concreta do impacto individual — e um mapa digital, via Google Earth, com informações sobre lixões, aterros sanitários e pontos de coleta das cidades visitadas.

Do lado de fora, a experiência continua. Espalhadas ao redor do caminhão, latas de lixo galvanizado com tampas guardam surpresas que se revelam quando abertas. Dentro delas, o público descobre obras dos artistas Sueli Isaka, Guto Lacaz, Sandra Lapage, Pirilampos do Planeta (Lula Duffrayer e Flávio Carvalho), Tomazicabral, Nazareno, Jessica Mein, Karola Braga, Coopa Roca, Janaina Mello Landini e Adrianna Eu — criações feitas a partir de resíduos ou inspiradas em personagens simbólicos, como o “Bicho de Lixo”. Algumas dessas obras ainda acionam efeitos sonoros, visuais ou mecânicos, ampliando a experiência sensorial.

No mesmo ambiente, a obra “Marca Temporária, Memória Coletiva”, do artista Alexandre Farto aka Vhils, propõe uma intervenção colaborativa. Em cada cidade, uma grande tela negra perfurada é colocada sobre o chão claro, revelando, por contraste, uma imagem previamente desenhada. Essa superfície urbana se transforma em suporte vivo para a arte, construída com materiais naturais coletados localmente (areia, pedras, ervas secas) em parceria com a comunidade. O processo ativa o entorno, valoriza os recursos do lugar e estimula o engajamento coletivo. Ao final, a tela é retirada, deixando no chão uma marca efêmera que desaparece com o tempo, mas permanece na memória de quem participou.

Esta exposição convida o público a reconfigurar seu olhar sobre o lixo. Temos de reaprender a ver no que é descartado uma potência criativa, simbólica e transformadora. Reutilização criativa, circularidade, responsabilidade social e imaginação são caminhos para uma relação mais saudável com a matéria que mais geramos em vida. Abrir cada lata de lixo como quem abre uma possibilidade de mundo, é isso que queremos passar aos visitantes”, resume o curador.

Apoio ao desenvolvimento sustentável

A aproximação da sociedade, por meio de ações culturais, é um dos compromissos da Energisa. E apoiar iniciativas como o Busão das Artes, que une educação ambiental e arte, em áreas onde o grupo atua de forma direta, como Rondônia e Tocantins, contribui para o desenvolvimento sustentável dos biomas mais frágeis do país. Em 2024, o Grupo Energisa investiu R$ 77,2 milhões em projetos socioculturais, beneficiando mais de 1,3 milhão de pessoas.

Ao patrocinar projetos como a exposição ‘Lixúria’, reafirmamos nosso compromisso com a transformação da sociedade, promovendo acesso à educação e ao desenvolvimento sustentável. Nossa energia vai muito além da rede elétrica, impulsionando o desenvolvimento social, econômico e cultural onde atuamos”, afirma Delânia Cavalcante, coordenadora de investimento social do Grupo Energisa.

A experiência conta com práticas coordenadas pela Percebe, consultoria especializada em educativos de museus e exposições. As ações buscam promover encontros significativos entre o público e as obras por meio de visitas mediadas, oficinas e propostas interativas. O atendimento é direcionado tanto a grupos escolares agendados quanto ao público espontâneo, com abordagens adaptadas a diferentes idades e perfis de interesse.

Para estender a vivência além do espaço expositivo, a mostra oferece materiais de apoio educacional para professores, disponíveis para download no site e também enviados às escolas. Os estudantes que visitarem o Busão das Artes receberão ainda um material impresso com propostas de atividades que incentivam reflexão e criação, permitindo que a experiência continue em sala de aula e em casa, fortalecendo os vínculos entre arte, educação e meio ambiente no cotidiano.

A exposição Lixúria dá continuidade à trajetória já consolidada de mostras itinerantes do Busão das Artes. O projeto sucede iniciativas como “A Casa que Anda – que mistérios tem Clarice?”, experiência sensorial inspirada na obra infantojuvenil de Clarice Lispector, e “O Mundo Invisível”, criada no contexto pós-pandêmico, que abordava de forma lúdica e educativa o universo de fungos, vírus e bactérias. Trata-se de um projeto gratuito, inclusivo e democrático de educação, idealizado por Renata Lima, da Das Lima Produções, em parceria com Lilian Pieroni e Luciana Levacov, da Carioca DNA.

SERVIÇO

Busão das Artes: Exposição Lixúria em Palmas (TO)

Local: Praça dos Girassóis (Av. Joaquim Teotônio Segurado, s/n - Plano Diretor Sul, Palmas - TO)

Data: 07 a 16 de setembro

Horário: Segunda a sexta: 10h às 17h / Sábados e domingos: 13h às 19h

*Entrada gratuita

Visitas agendadas para grupos pelo e- mail lixuria@busaodasartes.com.br

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