Filarmônica de Itabaiana: os acordes da inclusão

Comunidade

10/10/22 - 4 minutos de leitura

Filarmônica de Itabaiana: os acordes da inclusão

Com patrocínio da Energisa, instituição sergipana que data de 1745 é exemplo para a formação da música instrumental brasileira

Filarmônica de Itabaiana: os acordes da inclusão

Comunidade

10/10/22 - 4 minutos de leitura

Filarmônica de Itabaiana: os acordes da inclusão

Com patrocínio da Energisa, instituição sergipana que data de 1745 é exemplo para a formação da música instrumental brasileira

Compartilhar

Em Itabaiana, interior de Sergipe, é mais comum um adolescente que saiba tocar um instrumento do que jogar futebol. Isso porque a cidade, a 54 quilômetros da capital, tem a música em sua essência. E a grande responsável por isso é a Sociedade Filarmônica Nossa Senhora da Conceição, cuja origem data de 1745, e que oferece formação musical gratuita para jovens da cidade e arredores, além de agregar uma dezena de grupos musicais – sendo o maior deles a Orquestra Sinfônica de Itabaiana, destino de muitos desses novos talentos sergipanos. 

A Filarmônica é um projeto importantíssimo para a cultura sergipana, que edifica e coloca a pessoa num lugar de destaque na sociedade no sentido de oferecer, através do caminho da música, um trabalho digno e importante para ela”, afirma o maestro Valtenio Alves de Souza, vice-presidente da Sociedade Filarmônica e regente da Banda Sinfônica da instituição.

Há 45 anos na instituição, Valtenio conta que o projeto social aceita crianças a partir dos 7 anos para o processo de musicalização através da flauta doce. Com cerca de 10 anos, os alunos já começam a fazer aulas com instrumentos adaptados para o tamanho delas, como violinos, violoncelos e tambores menores. 

Essa formação de base é o que possibilita, mais tarde, que o adolescente inicie as aulas de instrumentos como clarinetes, trompetes e oboés com uma bagagem grande já absorvida, para poder ingressar nos conjuntos da instituição.

Aula de música para crianças

Com patrocínio da Energisa, a Filarmônica é um exemplo de formação cultural no Brasil. Ao todo, o projeto já chegou a ter 600 alunos. Com a pandemia, houve uma evasão natural e, hoje, contam com 380 jovens em sala de aula – número que, segundo o maestro, está voltando a crescer. 

 A Filarmônica de Itabaiana guarda não só uma memória da música instrumental de Sergipe. Ela é patrimônio do Brasil. É importante que os brasileiros desta e de outras gerações entendam que é compromisso de cada um de nós apoiar instituições que priorizam a salvaguarda da nossa cultura. O Grupo Energisa tem esse compromisso e se orgulha em poder trilhar essa caminhada pela democratização da cultura através da inclusão de jovens nas aulas de música, na manutenção da própria orquestra e na formação deste repertório de novos talentos”, destaca Delânia Cavalcante, Coordenadora de Investimento Social da Energisa.

Ao todo, a Filarmônica de Itabaiana conta com 12 grupos musicais, entre eles, as bandas Infanto-Juvenil, Jovem e Sinfônica, e as orquestras Experimental, Preparatória e Sinfônica – ápice da música erudita, hoje com 60 integrantes, além de diversas formações de música de câmara, como o quinteto de cordas e o quarteto de saxofone. 

É lindo ver hoje músicos que tocam conosco em diversos grupos, como a orquestra sinfônica, ou que são nossos professores, que começaram no projeto ainda crianças. Isso nos enche de orgulho”, emociona-se o maestro.

Apresentação de banda da Filarmônica de Itabaiana

É o caso do sergipano Laedson Santos Souza, de 23 anos, contrabaixista da Orquestra Sinfônica de Itabaiana. Nascido em Moita Bonita, município vizinho de Itabaiana, Laedson começou a aprender trompete aos nove anos em um projeto social no qual Valtenio lecionava. 

O trabalho de musicalização levou o jovem a descobrir, no início da adolescência, sua verdadeira paixão: os instrumentos de corda, mais especificamente, o baixo. Dono de um talento natural para a guitarra e o baixo elétrico, não demorou para que o maestro o convidasse para ter aulas de baixo acústico na Filarmônica.

Assim que começou as aulas, Laedson ingressou imediatamente na orquestra de cordas da Filarmônica, ainda aos 14 anos. Aficionado por jazz, o jovem músico mergulhou nos estudos do instrumento e, hoje, além de ser contrabaixista da Orquestra Sinfônica de Itabaiana e dar aula de violão e guitarra na Filarmônica, também está se formando na faculdade de música da Universidade Federal de Sergipe, com um trabalho sobre as teorias musicais do jazz e do blues.

Foi no projeto social de Itabaiana que me descobri. A Filarmônica é um universo musical, permite que a gente aprenda um pouco de tudo, tenha diferentes experiências, funcionando como um verdadeiro oásis em Sergipe. Temos uma lutheria própria dentro da instituição, fabricamos nossos próprios violinos. Isso é algo raro. Ter entrado em contato com tantas possibilidades aqui dentro abriu meus olhos e fez com que hoje eu seja um estudante de música muito melhor dentro da minha formação acadêmica”, elogia Laedson.

Lutheria

Não à toa, os acordes do projeto são ouvidos em todos os cantos do país, onde diversas orquestras de peso, como OSB e Petrobrás Sinfônica, possuem instrumentistas oriundos de Itabaiana em seus quadros.

A importância dos conjuntos e bandas instrumentais de interior é gigantesca na formação dos músicos do país. Pode perguntar para a maioria dos músicos de orquestras brasileiras onde eles começaram: 90% vai dizer que foi numa banda ou grupo de sua cidadezinha do interior. E Itabaiana contribui muito para isso”, ressalta Valtenio.

Além do apoio à Filarmônica de Itabaiana, a Energisa também patrocina outro importante projeto na cidade: o Parque dos Falcões, santuário a céu aberto que abriga mais de 400 aves e é o único centro de criação, multiplicação e preservação de aves de rapina da América do Sul. Conheça esta história!

Compartilhar

Últimas notícias

Entre ambição e realismo, o Brasil entra na era da adição energética?
COP30
COP30
19/11/25 - 2 minutos de leitura

Entre ambição e realismo, o Brasil entra na era da adição energética?

Discussão internacional avança para um novo eixo: segurança energética, confiabilidade e resiliência tornaram-se tão determinantes quanto a redução de emissões

Entre ambição e realismo, o Brasil entra na era da adição energética?
COP30
COP30
19/11/25 - 2 minutos de leitura

Entre ambição e realismo, o Brasil entra na era da adição energética?

Discussão internacional avança para um novo eixo: segurança energética, confiabilidade e resiliência tornaram-se tão determinantes quanto a redução de emissões

(re)energisa: energia limpa, acessível e com impacto real
COP30
COP30
13/11/25 - 2 minutos de leitura

(re)energisa: energia limpa, acessível e com impacto real

Como soluções energéticas conectam consumidores e empresas à agenda climática na prática

(re)energisa: energia limpa, acessível e com impacto real
COP30
COP30
13/11/25 - 2 minutos de leitura

(re)energisa: energia limpa, acessível e com impacto real

Como soluções energéticas conectam consumidores e empresas à agenda climática na prática

Painel Camila
COP30
COP30
11/11/25 - 2 minutos de leitura

Energisa marca presença em evento sobre powershoring no Ceará

Durante painel do CEBDS em Fortaleza, Camila Schoti, diretora da (re)energisa, destacou o papel de regulações inovadoras na criação de um ambiente previsível e digitalizado para o avanço do powershoring

Painel Camila
COP30
COP30
11/11/25 - 2 minutos de leitura

Energisa marca presença em evento sobre powershoring no Ceará

Durante painel do CEBDS em Fortaleza, Camila Schoti, diretora da (re)energisa, destacou o papel de regulações inovadoras na criação de um ambiente previsível e digitalizado para o avanço do powershoring