Muito além da técnica

Comunidade

18/10/22 - 4 minutos de leitura

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No Dia do Eletricista (17/10), a lição do acreano Zé Maria, um dos 12 mil profissionais da Energisa que atuam no atendimento a clientes de todas as regiões do país

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No Dia do Eletricista (17/10), a lição do acreano Zé Maria, um dos 12 mil profissionais da Energisa que atuam no atendimento a clientes de todas as regiões do país

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Numa manhã de novembro de 2021, o eletricista acreano José Maria Xavier, 50 anos, recebeu um chamado para fazer um atendimento a um morador de uma área remota do Acre, a cerca de 110 km da capital. Devido às fortes chuvas daqueles dias, a energia do cliente em questão havia caído. 

A chuva havia dado uma trégua e Zé Maria foi com mais cinco colaboradores até o local munidos de caminhonetes, quadriciclo e jipe 4x4. Os primeiros 80 quilômetros da estrada principal, asfaltada, foram percorridos tranquilamente. Mas quando chegaram aos ramais – estradas vicinais, estreitas e de terra –, o caminho que restava, de cerca de 30 quilômetros, complicou. A caminhonete não passava e o acesso só pôde ser feito de quadriciclo e jipe.

A energia do consumidor foi restabelecida com sucesso. O problema foi a volta. A chuva aumentou demais enquanto a equipe da Energisa fazia o conserto da rede do cliente. Na hora de retornar, os 30 quilômetros de ramal estavam todos alagados. 

– Era muita água! A gente teve que amarrar o quadriciclo com corda, fazer linha de vida (uma instalação de cabo de aço, fitas ou corda, que fica conectado ao cinto de segurança dos profissionais) para que a gente e os veículos não fôssemos arrastados pela correnteza – relembra Zé Maria.

O eletricista e sua equipe demoraram mais de 12 horas, a maior parte delas debaixo de chuva, para conseguir voltar a Rio Branco naquele dia. 

– Esse atendimento me marcou demais. Peguei resfriado e tudo. Mas o que ficou foi a nossa imensa satisfação de ter conseguido atender o cliente e resolvido o problema dele – diz Zé Maria. 

Ser eletricista no Acre, região amazônica, segundo Zé Maria, envolve muitos desafios: acessos difíceis e clima chuvoso e quase 70% da rede elétrica construída em áreas de muita vegetação. E como energia é um serviço essencial, a população fiscaliza e cobra mesmo. 

Há poucas semanas, outro episódio marcante na rotina de Zé Maria: ao chegar a uma residência sem energia, encontrou o cliente muito nervoso. O técnico disse que escutou o cliente, falou que não estava ali para discutir e sim para resolver a questão. Problema resolvido, o cliente foi da raiva à gratidão, fazendo questão de ligar para a ouvidoria e elogiar o profissional.

– Ele me abraçou, com lágrimas nos olhos, disse que estava a fim de briga e que o fato de eu não ter revidado fez com que ele se acalmasse. Aquilo me marcou. Saí muito satisfeito. O cliente tem seus motivos para estar daquele jeito, não sabemos. Temos que saber lidar com todos os tipos de emoções que encontramos com calma e gentileza.

O eletricista Zé Maria, da Energisa Acre

Muito além das aptidões técnicas que o ofício exige, equilíbrio emocional, foco, escuta e segurança são alguns dos atributos mais desejados hoje para uma contratação de um eletricista. É o que explica Andressa Nogueira, do RH da Energisa Acre, responsável pelo recrutamento e seleção de profissionais.

– Prezamos muito por uma pessoa que tenha um alinhamento forte com a cultura da Energisa: valorização da vida, da segurança e do cliente – explica. – Não rebater agressividade, ser assertivo, saber ouvir. E no caso específico aqui do Acre, precisamos de técnicos com disponibilidade para viajar ou morar em áreas remotas, cujo acesso é demorado numa situação mais emergencial. 

De acordo com Andressa, de 2021 até agora, o Grupo Energisa já contratou mais de 300 profissionais da área operacional, o que inclui todos os eletricistas. Muitos deles, bem jovens, recém-saídos de cursos técnicos. Alguns, inclusive, que têm Zé Maria como um exemplo a ser seguido.

– Muitos pedem pra sair a campo comigo, aprender, me chamam de tio, pedem conselhos – conta, orgulhoso, o eletricista. – Digo para eles: é preciso estar concentrado, saber abordar o consumidor, mesmo ele estando devendo. Ninguém sabe das dificuldades dos outros. E é preciso deixar bem claro que estão representando e empresa, é a reputação dela que está em jogo.  

Quando perguntado sobre a importância do Dia do Eletricista para ele, Zé Maria não titubeia:

– Ser eletricista é cuidar, proteger e trazer bem estar para as pessoas, tanto de um adolescente que, mesmo numa zona rural, quer ter o wi-fi dele, até uma dona de casa que precisa da geladeira. E afirmo: tenho muito mais alegrias do que momentos difíceis aqui na Energisa. Hoje, 90% dos meus amigos, fiz aqui dentro.

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