Painel de abertura da exposição "A ferro e fogo"

Sustentabilidade

23/01/25 - 3 minutos de leitura

A ferro e fogo: o Brasil pelo olhar de artistas populares

Exposição de art naïf com 113 obras de artistas brasileiros chega ao Centro Cultural José Octávio Guizzo, em Campo Grande (MS), e impacta pela beleza e pela capacidade de trazer reflexões sobre a história do Brasil

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A ferro e fogo: o Brasil pelo olhar de artistas populares

Exposição de art naïf com 113 obras de artistas brasileiros chega ao Centro Cultural José Octávio Guizzo, em Campo Grande (MS), e impacta pela beleza e pela capacidade de trazer reflexões sobre a história do Brasil

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O Arte nas Estações, idealizado pelo colecionador e gestor cultural Fabio Szwarcwald, apresenta A ferro e fogo, exposição que marca o encerramento de sua itinerância em Campo Grande. A mostra, que conta com patrocínio master da Energisa, ocupa o Centro Cultural José Octávio Guizzo até 19 de fevereiro, reunindo uma importante coleção de arte popular brasileira. A exposição convida o público a uma reflexão profunda sobre a história do Brasil, marcada por lutas, conflitos e a relação complexa entre o ser humano e a natureza.

O projeto nasceu de um movimento para dar visibilidade ao acervo do Museu Internacional de Arte Naïf (Mian), fechado em 2016 devido à falta de financiamento. O museu era considerado o maior do gênero no mundo, reunindo mais de 6 mil obras de 120 países. Diante do risco de dispersão das obras, Fabio Szwarcwald uniu forças com o curador Ulisses Carrilho, criando o projeto como uma forma de preservar e compartilhar esse legado.

“O pênalti perdido”, de Dalvan (1998)


Desde 2023, o projeto tem levado esse acervo para além do eixo Rio-São Paulo. A ferro e fogo é a terceira mostra apresentada em Campo Grande, depois de Entre o céu e a terra e Sofrência. A inspiração para o título vem de uma das músicas mais conhecidas da dupla Zezé di Camargo e Luciano:

A música A ferro e fogo, um fenômeno da cultura de massa, narra as mazelas que assolam a vida de um indivíduo. Da vida dura, no campo social, à vontade de ter o ser amado, na esfera pessoal”, observa Carrilho.

O nome da exposição também faz relembrar as grandes queimadas sofridas pelo Mato Grosso do Sul no último ano. As obras expostas retratam desde cenas do cotidiano no campo e na cidade até representações impactantes de momentos históricos como o embarque de escravizados, a morte de Zumbi dos Palmares, o enterro de Chico Mendes, além de denúncias sobre queimadas, desmatamento e a ditadura militar.

A ferro e fogo chega num momento em que Mato Grosso do Sul vive os efeitos das grandes queimadas. Então acho que essa exposição, que carrega o fogo no título, vem nos relembrar um pouco da urgência das ecologias como uma pauta política que fica radicalmente mais evidente”, analisa Carrilho.

“Queimadas”, de Odoteres Ricardo Ozias (2001)


A mostra busca homenagear a resistência do povo brasileiro ao longo de sua história, marcada por lutas e conquistas. As obras expostas evidenciam a força da natureza e a ação humana, complexificando as relações entre natureza e cultura. O curador convida os visitantes a "desconfiar da suposta ingenuidade um dia atribuída a esses artistas e perceber em cada fatura a densidade das denúncias presentes nas telas expostas".

Além da exposição, o Arte nas Estações oferece uma programação educativa especial, com oficinas gratuitas para crianças a partir de 5 anos (acompanhadas dos responsáveis), jovens e adultos, de terça a sábado, das 14h às 17h. A programação completa está disponível no site artenasestacoes.com.br ou Instagram @artenasestacoes.

“Independência ou morte”, de Lia Mittarakis (1992)


Serviço:

Exposição A ferro e fogo

  • Local: Centro Cultural José Octávio Guizzo – Rua 26 de agosto, 453 – Centro, Campo Grande (MS)
  • Datas: de 19 de dezembro de 2024 a 19 de fevereiro de 2025
  • Horários de visitação: Terça a sábado, das 9h às 18h (quinta, horário estendido até às 20h)
  • Entrada: Gratuita
  • Classificação: Livre

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