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Biometano entra na rede da ES Gás e marca nova fase da descarbonização Biometano entra na rede da ES Gás e marca nova fase da descarbonização

Publicada em: 14/05/2025

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Espírito Santo

Biometano chega à rede da ES Gás e inaugura nova fase da descarbonização no Espírito Santo

A transição energética no Espírito Santo acaba de ganhar um marco importante. A ES Gás assinou terça-feira (13) o seu primeiro contrato para injeção de biometano na rede de distribuição canalizada do estado. O gás será produzido a partir de resíduos sólidos urbanos e injetado pela distribuidora diretamente na rede, colocando o Espírito Santo a frente do uso de combustíveis renováveis. 

A iniciativa envolve R$ 70 milhões em investimentos da empresa Marca Ambiental, responsável pela usina em construção no município de Cariacica, além de R$ 5 milhões da própria ES Gás para adaptar a infraestrutura e garantir a conexão segura e eficiente. O biometano será purificado e distribuído conforme todos os parâmetros técnicos exigidos para o gás canalizado. 

Esse movimento faz parte do programa ES Mais+Gás, que reúne ações da distribuidora capixaba para impulsionar o desenvolvimento sustentável por meio do uso do gás natural e do biometano. A meta é ambiciosa: produzir cerca de 300 mil metros cúbicos por dia até 2034. 

Esse contrato marca o compromisso da ES Gás com a diversificação da matriz energética capixaba. Ao injetar biometano na rede, damos um passo relevante na agenda da descarbonização, usando uma fonte limpa, renovável e de baixa emissão de carbono”, destaca Fabio Bertollo, diretor-presidente da ES Gás. 

Resíduos que viram energia 

O projeto ganha destaque não apenas pelo avanço técnico, mas pelo impacto ambiental: transformar lixo urbano em energia limpa. A operação deve trazer benefícios especialmente para frotas que utilizam GNV, ajudando a reduzir a emissão de gases do efeito estufa na mobilidade urbana. 

Além disso, a solução abre oportunidades para empresas locais interessadas em alinhar seus processos às práticas de ESG e pode facilitar a expansão da rede canalizada para regiões ainda não atendidas. 

Plano de investimentos de R$ 1 bilhão até 2030 

No dia 14, a ES Gás apresentou à agência reguladora estadual (ARSP) o seu plano de investimentos para os próximos cinco anos. No total, estão previstos R$ 1 bilhão em aportes até 2030, com foco em inovação, sustentabilidade e inclusão energética. Entre as metas está a integração de quatro usinas de biometano à rede da concessionária. 

Esse avanço acontece em um momento estratégico. O Ministério de Minas e Energia (MME) acaba de lançar, em consulta pública, o Programa Nacional de Incentivo ao Biometano, com metas de descarbonização para o setor. A tendência é que o ambiente regulatório estimule ainda mais projetos como esse. 

Parceria que inspira o futuro 

A operação em Cariacica está alinhada à Política Estadual de Biometano e ao Plano Estadual de Neutralização de Emissões, além de reforçar o protagonismo do Espírito Santo em ações concretas contra as mudanças climáticas. 

O ES Mais+Gás também acumula outras conquistas importantes, como a redução da alíquota de ICMS sobre o GNV de 17% para 12% e o aumento expressivo do volume de gás comercializado no mercado livre, que chegou a 82% em janeiro de 2025. 

E para quem gosta de mensurar o impacto: segundo a EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA), uma árvore adulta absorve cerca de 22 kg de CO₂ por ano. Ou seja, cada metro cúbico de biometano substituindo o gás fóssil pode representar um alívio importante para o planeta. 

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Empresas capixabas se unem para  fomentar a transição energética do ES Empresas capixabas se unem para  fomentar a transição energética do ES

Publicada em: 08/08/2024

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 Sustentabilidade

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Espírito Santo

Empresas capixabas se unem para estudar projetos de CCUS e fomentar a transição energética do Espírito Santo

Empresas capixabas do setor de gás natural anunciaram hoje (07/08) a assinatura de um Memorando de Entendimentos para explorar as potencialidades do mercado de gás e desenvolver projetos de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) na porção terrestre da Bacia Sedimentar do Espírito Santo. A parceria envolve o Grupo Energisa, um dos maiores grupos privados com capital 100% nacional do setor elétrico, ES Gás, distribuidora de gás natural do Espírito Santo, EnP Energy, Imetame Energia, Grupo Ubuntu e Seacrest Petróleo.

O grande destaque para este movimento é a parceria entre diversas empresas da produção onshore de gás natural e de infraestrutura de gasodutos no estado para a viabilização deste projeto. De forma conjunta, as empresas compartilharão conhecimentos e tecnologias para desenvolver com eficácia um projeto que oferece desenvolvimento econômico e sustentável ao Espírito Santo.

Nosso compromisso é com o futuro energético do Brasil. Já existem no mundo estudos de viabilidade do CCUS e nós entendemos que essa oportunidade deve ser explorada de forma colaborativa, com toda a cadeia do gás natural. Através desta parceria, buscamos não apenas desenvolver o mercado de gás brasileiro, mas também fomentar o crescimento econômico, a transição energética e a geração de empregos no ES. É um movimento verdadeiramente capixaba, por isso estamos chamando de C3US, que é a sigla para Capixaba Carbon Capture, Utilization and Storage”, comenta Fábio Bertollo, presidente da ES Gás.

Com esse Memorando de Entendimentos, os projetos do programa C3US serão desenvolvidos de forma colaborativa pelos envolvidos, unindo forças para encontrar uma importante solução para empresas e setores do estado que teriam mais dificuldade de abater suas emissões, como por exemplo, as empresas do ramo siderúrgico e cimento. O Espírito Santo tem alto potencial de desenvolvimento para os projetos de CCUS, já que possui sua matriz industrial próxima a campos de gás onshore, localizados no norte do estado.  

O investimento da Energisa no Espírito Santo além de reforçar a confiança da Companhia no potencial energético do estado, materializa a estratégia de expansão de suas operações e contribuição significativa para o desenvolvimento econômico local. O Espírito Santo é reconhecido por seu potencial no setor de gás natural por deter a 3ª maior reserva do país do hidrocarboneto, e a Energisa junto com a ES Gás estão posicionadas para serem peça-chave no fomento e desenvolvimento deste mercado”, afirma Ricardo Botelho, CEO do Grupo Energisa.

As empresas produtoras de gás natural onshore EnP Energy, Imetame Energia, Grupo Ubuntu e Seacrest Petróleo, serão responsáveis por avaliar as possibilidades do armazenamento do CO2 em seus campos de extração, assim como mapear os campos e suas características. Outra possibilidade que será estudada por estas empresas é a reinjeção de CO2 para recuperação avançada de petróleo em seus campos de exploração. Já a ES Gás e o Grupo Energisa viabilizariam a rede de transporte desse CO2 capturado até os campos de armazenamento.  

O Espírito Santo tem uma oportunidade única de dar um grande e rápido salto rumo ao chamado ‘net zero’, armazenando gás carbônico em reservatórios terrestres de petróleo e gás no norte do estado”, afirma Marcio Felix, CEO da EnP Energy.

A Imetame Energia reconhece a importância das instalações de escoamento existentes no Espírito Santo, e poder estar junto com outras empresas de relevância no estado e proporcionar oportunidades de negócio para o futuro nos motiva a este MoU”, comenta Giuliano Favalessa, diretor da Imetame Energia.

Esse é um momento muito importante para todas as discussões ambientais para a redução das emissões de carbono e, nesse caso, podemos até alcançar a emissão negativa. O CCUS é uma solução que está sendo desenvolvida no mundo todo e a gente enxerga como uma grande oportunidade, principalmente fazendo isso de forma cooperativa, com várias empresas de forma associativa como está sendo feito agora. É bom para o Estado e para a sociedade", afirma Clarindo Caetano Machado Neto, administrador do Grupo Ubuntu.

A assinatura deste entendimento entre nossas empresas é um marco significativo para o avanço da sustentabilidade e da inovação no setor. Ao unir esforços vamos compartilhar não só conhecimentos, tecnologias essenciais e avaliar oportunidades integradas, mas também estabeleceremos um compromisso coletivo com a jornada de busca por um futuro mais sustentável, além de uma geração de valor para o estado do Espírito Santo”, comenta Juan Alves, diretor da Seacrest Petróleo.

A assinatura do Memorando de Entendimento é mais um passo dado pelo Programa ES Mais+Gás, desenvolvido pelo governo do Espírito Santo e lançado na última terça-feira (6), que tem entre seus objetivos a criação de um hub dinâmico de gás natural e biometano, impulsionar a competitividade do estado no cenário de negócios nacional e internacional, promover desenvolvimento econômico acelerado e sustentável por meio de redes empresariais, e estimular a economia verde. A implantação de tecnologia CCUS no Espírito Santo está contemplada dentro dos 86 planos de ação elaborados pelo ES Mais+Gás e é fundamental para a redução na emissão de 5,6 milhões de toneladas de CO2 até 2034, prevista pelo programa.

O programa ES Mais+Gás é um excelente exemplo de como a colaboração entre o setor público e privado pode impulsionar a competitividade e a sustentabilidade, e estamos orgulhosos de fazer parte dessa iniciativa”, afirma Bertollo.

Sobre a ES Gás

A ES Gás é a concessionária responsável pela distribuição do gás natural canalizado no Espírito Santo, regulada pela ARSP. Atua nos segmentos residencial, comercial, industrial, automotivo, climatização, cogeração e termoelétrico, atendendo quase 80 mil clientes. Recentemente, a empresa passou por um processo de privatização e, atualmente, integra o portfólio do Grupo Energisa.

Sobre a Energisa

Com 119 anos de história, a Energisa é um dos maiores grupos privados com capital nacional do setor elétrico brasileiro. Somos um ecossistema de produtos e serviços voltado para protagonizar a transformação energética, conectando pessoas e empresas à melhor solução de energia e construindo um mundo mais sustentável.

Nosso portfólio abrange 9 distribuidoras de energia elétrica, 13 concessões de transmissão, uma central de geração fotovoltaica centralizada, uma marca inovadora de soluções energéticas – a (re)energisa –, que conta com um dos maiores parques de geração distribuída fotovoltaica do país, além de comercialização de energia no mercado livre e serviços de valor agregado. Contamos também com uma central de serviços compartilhados, uma empresa de contact center para atender nossos clientes e a fintech Voltz, a primeira no segmento de empresas de serviço público de energia. Recentemente, diversificamos nosso portfólio com a inclusão da distribuição de gás natural, através da aquisição da ES Gás e um projeto, em construção, para geração de biometano e biofertilizantes a partir de resíduos orgânicos industriais.

Transformamos energia em conforto e desenvolvimento para mais de 20 milhões de pessoas em 875 municípios de todas as regiões do país e geramos mais de 20 mil empregos, diretos e indiretos.

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ES Mais+Gás: programa pretende ampliar uso do gás natural e biometano ES Mais+Gás: programa pretende ampliar uso do gás natural e biometano

Publicada em: 07/08/2024

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Espírito Santo

ES Mais+Gás: Governo e iniciativa privada querem ampliar fornecimento e consumo de gás natural e biometano

O Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento (Sedes), realizou, nessa terça-feira (06), o lançamento do novo programa ES Mais+Gás. O lançamento ocorreu durante a abertura da 17ª MecShow e 11ª ES Oil&Gas Energy.

Conduzido pela Sedes, o programa reúne o trabalho de 22 entidades públicas e empresas privadas, que, ao longo de 11 meses, atuaram para criar um plano que pretende impulsionar o desenvolvimento sustentável do Espírito Santo, a partir do gás natural e do biometano. Esse é mais um passo dado pelo Estado na agenda para a descarbonização da economia e de mudanças climáticas.

Nosso estado tem se tornado referência na transição energética. O Plano de Descarbonização e o Programa de Mudanças Climáticas têm se tornado modelos para os demais estados da federação. Como presidente do Consórcio Brasil Verde, uma iniciativa dos Governadores pelo Clima, nós temos defendido programas e soluções para cumprir as metas de Paris e que não deixemos apenas nas costas do Governo Federal esse cumprimento da meta. E o Espírito Santo vem fazendo sua parte e esse programa vem ao encontro do que buscamos, que é ter energias renováveis, e o gás é um dessas oportunidades que temos. Também vai aumentar a oferta e assim teremos, além da diminuição da emissão de carbono, um estado cada vez mais competitivo", afirma o governador do estado, Renato Casagrande.

O Programa ES Mais+Gás teve quatro macro objetivos definidos. São eles: reduzir a emissão de gases de efeito estufa; estabelecer uma matriz energética robusta, eficaz e diversificada; impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável do Espírito Santo; e transformar o estado no principal hub integrado de gás de alta competitividade do país. Além disso, o programa também contempla 86 planos de ação que devem ser realizados pelas empresas e entidades participantes do grupo de trabalho, ao longo dos próximos dez anos.

Durante o lançamento, foram apresentados os principais resultados esperados com a implantação do Programa ES Mais+Gás, com destaque para a redução de 9,78% das metas do Plano Estadual de Descarbonização do Espírito Santo até 2026, e com 62,5% dessas metas até 2034. A diversificação dos combustíveis utilizados na indústria e no transporte é uma das ações previstas para atingir essa redução.

De maneira inovadora e criativa, o Espírito Santo colocou de pé o nosso Plano Capixaba de Descarbonização, que pressupõe a transição energética, a substituição da energia de origem fóssil por energia renovável. E é nesse contexto que nós estamos lançando o ES Mais+Gás, para que a gente possa construir os meios e a infraestrutura necessária para estimular o consumo e também a oferta, em condições compatíveis, considerando que o gás natural é muito menos emissor de CO2 e é o primeiro estágio que nós precisamos para ampliar outras energias renováveis, como a solar, a eólica, o biometano e o hidrogênio verde. Organizamos parceria sólida do Governo do Estado, com empresas privadas de todos os segmentos da cadeia do gás natural e diversas instituições públicas para consolidarmos o lançamento desse programa", destaca o vice-governador e secretário de estado de desenvolvimento, Ricardo Ferraço.

O programa também visa a oferecer mais segurança e confiabilidade no fornecimento de energia, além de mais competitividade para os consumidores, com a diversificação da matriz energética do estado. Para isso, propõe a elevação no consumo diário de gás natural dos atuais 2,3 milhões de metros cúbicos para 2,8 milhões de metros cúbicos em 2026, e de 7 a 15 milhões de metros cúbicos em 2034. Outro importante avanço possibilitado pelo ES Mais+Gás é a produção pioneira de biometano no Espírito Santo. A expectativa é de que a produção diária alcance 50 mil metros cúbicos em 2026 e 300 mil de metros cúbicos em 2034.

O desenvolvimento do Espírito Santo, principalmente no interior do estado, também é esperado com a ampliação na rede de distribuição de gás natural. Serão 1.560 quilômetros de rede até 2034, 1.020 quilômetros a mais do que o atual, alcançando 26 cidades do Estado, o dobro de 2024.

Estes são alguns dos diversos investimentos previstos para o setor de gás natural e biometano no Espírito Santo possibilitados pelo Programa ES Mais+Gás. Serão até R$ 7 bilhões nos próximos dois anos e R$ 20 bilhões até 2034.

Também foi nomeado o Colegiado Gestor que acompanhará a execução das ações previstas no programa. Os representantes são do Governo do Estado, Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo (Ales), Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e empresas ES Gás, BW Energy e Grupo Imetame.

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Escola de Fotógrafos Cegos: muito além da imagem Escola de Fotógrafos Cegos: muito além da imagem

Publicada em: 12/07/2024

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Espírito Santo

Escola de Fotógrafos Cegos: muito além da imagem

Um cego pode fotografar? Essa talvez seja a pergunta mais recorrente ao longo das exposições. As oficinas da Escola de Fotógrafos Cegos ensinam o uso técnico da câmera, aberturas de luz, diferenças entre as lentes e captação, conversas sobre composição de imagem com a presença constante de um assistente vidente para cada fotógrafo cego. É nessa linda relação marcada pela descrição oral do ambiente que a ideia da foto se forma na cabeça do fotógrafo e é traduzida em imagem. Aquilo que para muitos poderia ser uma limitação vira um trampolim para um salto metafórico que transforma a imagem final em arte.

Quem está por trás desta iniciativa é Rejane Arruda, uma visionária do não ver. Ou melhor, alguém que vê usando os outros sentidos. Atriz com uma trajetória intimamente ligada à fotografia e ao vídeo, tendo sido professora de fotografia na Universidade de Vila Velha, ela vem desenvolvendo um trabalho pioneiro no Brasil com a Escola de Fotógrafos Cegos.

Série de fotografias por fotógrafos-cegos da EFC

Tudo começou em 2021 com uma série de oficinas para os primeiros fotógrafos cegos, em um projeto financiado por meio da Lei Aldir Blanc proposto pela SOCA Brasil, associação cultural fundada por Rejane. A experiência foi bastante intensa tanto para a professora quanto para os alunos, demonstrando não apenas que a arte é um instrumento de inclusão social, mas também que a inclusão é um instrumento de invenções no campo das artes. 

Com esse espírito, Rejane decidiu buscar apoio para continuar. Em 2022, por meio da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba, a SOCA Brasil pode consolidar sua Escola de Fotógrafos Cegos graças ao patrocínio da ES Gás, distribuidora de gás natural adquirida pelo Grupo Energisa em 2023. Com oficinas durante um ano, a escola formou uma inédita turma com 12 fotógrafos cegos.

É muito importante enfatizar que eles são totalmente cegos, sendo 6 de nascença e 6 com cegueira adquirida ao longo da vida. Portanto, 6 nunca viram uma imagem e, mesmo assim, têm até teorias sobre a imagem. É um projeto que articula saberes, não se restringindo apenas à técnica, mas procura transmitir conhecimento para pessoas com deficiência visual”, contou Rejane.

Desde então, esse coletivo vem realizando exposições em diversas cidades do Espírito Santo. A primeira exposição, “Quando Fecho os Olhos Vejo Mais Perto”, estreou em Vitória no final de 2022. 

Para a fotógrafa e pensadora Charlotte Cotton, referência para Rejane, “o ato da criação artística começa muito tempo antes de a câmera ser efetivamente fixada na posição adequada e a imagem ser registrada, uma vez que se inicia com o planejamento da ideia criativa”.  Com esse pensamento, de que a imagem se forma dentro da cabeça antes de se formar com a visão, a Escola de Fotógrafos Cegos descoloniza o olhar, colocando outros sentidos a serviço da fotografia. Em uma arte tida como unicamente visual, a descrição oral da cena por parte de ajudantes videntes permite que a fotografia transcenda a própria visão.

A transmissão via oral é fundante e eles trazem essa experiência. Um dia, uma mãe ensinou: ‘Minha filha, isso é o azul.’ Mas a criança respondeu: ‘Mãe, eu não enxergo o azul. Não sei a diferença entre o azul e o vermelho, para mim tudo é liso. Como vou entender a diferença?’ A mãe explicou: ‘Minha filha, o azul é o céu. O azul me transmite calma, uma sensação de infinitude.’ Assim, a criança começou a entender e gostar do azul. Conhecemos cegos hoje que descrevem as cores assim: ‘Eu estou com uma blusa azul,’ mesmo sem vê-las, porque alguém usou a linguagem para explicar e aquilo marcou a subjetividade dessa pessoa. Pode ter sido a mãe, uma bibliotecária, ou outra pessoa fora do círculo familiar que transmitiu essas informações sobre o azul e o vermelho", explicou Rejane.   

A oficina flui comentando as imagens dos fotógrafos num discurso objetivo, mas transbordado de poesia. No relato da imagem, é possível dar dicas de como mover a câmera para conseguir um outro ângulo ou uma diagonal mais exata, ou como dispor os objetos em cena para alterar a própria geometria do espaço.

A forma como descrevemos é fundamental. Precisamos dar essa devolutiva para eles e problematizar toda a produção. Hoje, temos uma equipe de audiodescritores realizando pesquisas conosco. Por exemplo, o projeto destinado a Vila Velha inclui uma nova oficina, e a exposição em 6 cidades do Espírito Santo oferece um workshop no dia da inauguração”, comentou Rejane.

A ES Gás acredita na importância de investir na cultura local para fortalecer os laços com a comunidade e contribuir na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. Esse projeto pioneiro é a representação disso, potencializando a inclusão por meio da arte da fotografia. E falar de fotógrafos cegos pode parecer inacreditável, mas as obras são lindas e com uma imprevisibilidade no olhar que todos precisam conhecer”, disse Fabio Bertollo, diretor-presidente da ES Gás.

O trabalho com as escolas e estudantes é um marco para o projeto. Fomentar a arte e a inclusão nos mostra a importância de conviver com a diferença, com a pluralidade e a diversidade. Em ambientes escolares cada vez mais tomados pelo bullying, saber perceber e valorizar as diferenças é um enorme feito para criar um espaço de aprendizado (e um mundo) mais justo e acolhedor. Todo esse impacto em pouco tempo só desperta o desejo de ir ainda mais além com o projeto.

Somos muito gratas à Energisa e à ES Gás por serem solidárias ao projeto. Por gostarem, por estarem ali de coração, por terem escolhido a gente e reconhecerem o valor inovador que o projeto tem. É um projeto que transforma tanto a vida dessas pessoas quanto a vida das famílias. São projetos que encantam e é por isso queremos expandir para todo o Brasil. Recebemos perguntas de pessoas do Rio de Janeiro e São Paulo, bem como de outras regiões, pedindo para levarmos a nossa iniciativa para lá”, finalizou Rejane.

Se entre 1996 e 1998, o artista Cao Guimaraens foi levado por amigos para fotografar vendado cidades desconhecidas, formando um conjunto de imagens às cegas, a Escola de Fotógrafos Cegos promove esse trabalho no século XXI com pessoas cegas, levando a interação com a fotografia e a relação com a imagem a novos e imprevisíveis desdobramentos.

Foto de capa: fotógrafo-cego Jonatas Sobral na EFC, por Enzo Rodrigues.

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Energisa avança para o gás natural e amplia presença no Brasil Energisa avança para o gás natural e amplia presença no Brasil

Publicada em: 10/07/2023

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Espírito Santo

Energisa avança para o gás natural e amplia presença no Brasil

Este ano a Energisa se lançou a mais um salto. No leilão de privatização ocorrido em 31 de março de 2023, adquiriu a ES Gás por R$ 1,4 bilhão, junto à Vibra Energia e ao governo do estado. Com isso, a Energisa chega ao Espírito Santo com oportunidade de atuação no segmento de gás natural, que amplia as possibilidades do Grupo em oferecer alternativas de soluções integradas.

Diversificação de portfólio

Um bom atleta precisa estar continuamente preparado para novos desafios. Habilidade, disciplina, experiência, planejamento e determinação podem garantir corredores exímios e belos saltos.

Da mesma forma, a transição energética no Brasil e no mundo exige espírito de atleta. Com desafios identificados e metas estratégicas bem definidas, o Grupo Energisa busca um lugar de destaque nessa transformação em curso. Para isso, se vale dos seus 118 anos de conhecimento e experiência no setor elétrico para oferecer a fonte de energia mais adequada a cada tipo de cliente, considerando custo, segurança e menor impacto ambiental para pessoas, empresas e comunidades.

Com a aquisição da ES Gás, a Energisa se torna a terceira operadora privada a entrar no mercado de distribuição de gás natural no Brasil. Essa operação faz parte da estratégia de diversificação de portfólio da companhia e soma uma nova perspectiva de crescimento através da distribuição de gás natural, contando com sinergias operacionais e administrativas com as demais atividades do Grupo.

– Entrar no mercado de gás consolida a nossa posição como ecossistema de soluções energéticas como player integrado. Como um grupo centenário do setor elétrico, temos experiência em gestão de ativos de distribuição, relacionamento com clientes no varejo, e conhecimento do ambiente regulado e livre, o que pode impulsionar a evolução e competitividade neste novo segmento. Além disso, vamos aportar soluções inovadoras para expandir a oferta em todo o estado do Espírito Santo – comenta Ricardo Botelho, CEO do Grupo Energisa.

Plano de aceleração

O Grupo Energisa irá investir na expansão da distribuição de gás natural do Espírito Santo, acelerando os investimentos já aprovados pela Agência de Regulação de Serviços Públicos do Estado (ARSP). No ciclo de agosto de 2020 a julho de 2025, o incremento será da ordem de R$ 160 milhões. Este plano de aceleração projetado adicionalmente pela Energisa será detalhado nos próximos meses e discutido com o órgão regulador, clientes e parceiros de negócio, com a meta de ser executado a partir de janeiro de 2024.

Com o novo executivo Fabio Bertollo à frente da empresa, a ES Gás tem grandes ambições para o promissor estado do Espírito Santo. Pretende apoiar, com o governo estadual e outros parceiros, o desenvolvimento de um polo gás-químico e criar um hub para escoamento, transporte, distribuição, armazenamento e consumo de gás natural, gerando benefícios aos diferentes perfis de clientes.

– O Espírito Santo é um estado privilegiado para sediar um forte crescimento do mercado de gás natural e liderar este segmento no Brasil, pela maturidade do marco regulatório nesse mercado, por sua forte vocação logística e deter a 3ª maior reserva de gás do país – enfatiza Botelho.

Sobre a ES Gás

A ES Gá é a concessionária responsável pela distribuição do gás natural canalizado no Espírito Santo, regulada pela ARSP, com prazo de concessão até 2045. Atua nos segmentos residencial, comercial, industrial, automotivo, climatização, cogeração e termoelétrico, atendendo mais de 75 mil clientes em 13 municípios. Atualmente, a ES Gás fornece cerca de 2,2 milhões m³ de gás natural por dia ao mercado, mas tem estrutura e capacidade para uma entrega ainda maior.

– A aptidão de crescimento do gás natural no mercado capixaba é extraordinária, com mercado potencial endereçável estimado em 11 vezes no segmento residencial, 5 vezes no comercial, 1,3 vezes no industrial e 5 vezes no veicular. Para viabilizar todo esse potencial, iremos aportar nossa expertise em transformações bem-sucedidas e em quase 120 anos de atuação no mercado de distribuição de energia. Atuaremos com maior ousadia para impulsionar o desenvolvimento do estado e trazer maior competitividade e economia aos clientes – complementa Botelho.

Competição e sustentabilidade

Diferentemente da energia elétrica, o gás natural tem substitutos energéticos e, por isso, precisa ser competitivo. Dessa forma, a proposta de valor do gás natural tem que assegurar competitividade, qualidade e segurança no fornecimento, além de sustentabilidade. Em entrevista ao jornal A Gazeta, do Espírito Santo, o CEO Ricardo Botelho detalha como pretende promover o desenvolvimento do estado ao criar demanda, atrair investimentos e entregar gás natural a preços competitivos em todo o estado:

– Nós queremos estar onde tem energia. Nós queremos estar em uma forma mais ampla, atendendo às necessidades do país em termos de suprimento – comenta Botelho.

Em termos de sustentabilidade, o gás natural tende a ser a opção-chave na transição energética em várias aplicações, por garantir a segurança energética e ser menos poluente do que as alternativas, como o diesel e o óleo combustível.

– Avaliamos o gás natural como ponte para o futuro energético como insumo e combustível. Há uma demanda pelo gás natural, que proporciona uma queima limpa, eficiente, econômica e segura, sendo o menos poluente dos combustíveis fósseis. Além disso, o gás natural permite entrega confiável, sem interrupções no fornecimento.

A visão de futuro da Energisa, aliada à sua experiência e habilidade adquiridas ao longo de sua história, posicionam a Energisa na dianteira da corrida pela sustentabilidade, mostrando-se preparada para a alta competitividade do novo mercado de gás natural que se desenha no país.

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