(re)energisa


(re)energisa inicia comercialização de biometano
Os gases de baixo carbono, como o biometano e o gás natural, têm um papel fundamental na transição energética, sendo alternativas essenciais para reduzir emissões e promover a descarbonização. Por meio da (re)energisa, sua marca de soluções em energia renovável, o Grupo Energisa tem expandido sua atuação para o setor de biometano no Brasil, com o intuito de consolidar-se como um player estratégico nesse mercado promissor.
Para alcançar essa posição, a (re)energisa estruturou sua atuação em três frentes principais: produção de biometano, tratamento de resíduos orgânicos e comercialização de biofertilizantes. Como parte dessa expansão, a (re)energisa marcou presença no 11º Fórum do Biogás, realizado no Rio de Janeiro e organizado pela Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), no início do mês de outubro.
No ano passado, anunciamos ao mercado a compra da Agric, uma empresa de compostagem em Santa Catarina, que foi a base para o desenvolvimento de uma planta de biometano. Hoje, no fórum, estamos lançando oficialmente a comercialização do biometano, que começará em julho de 2025”, afirma Roberta Godoi, vice-presidente de soluções energéticas do Grupo Energisa e líder da (re)energisa.
Dados da ABiogás indicam que a produção de biometano deve saltar dos atuais 1 milhão de metros cúbicos por dia para cerca de 7 milhões até 2029, com quase 90 unidades fabris operando no país.
De olho nesse crescimento, a (re)energisa vem investindo cerca de R$ 80 milhões na fábrica da Agric, em Campos Novos (SC). A unidade já opera uma linha de produção de biofertilizantes e agora expande suas atividades para incluir uma linha de biometano. A operação utilizará tecnologias avançadas, como a “codigestão”, que aproveita resíduos de aves e suínos na produção de soluções renováveis de energia, posicionando-se como referência em geração de biometano e biofertilizantes no Brasil.
Inovação e sustentabilidade
Em linhas gerais, a operação catarinense terá capacidade para 25 mil metros cúbicos de biometano por dia, que serão comercializados juntamente com 3,5 mil metros cúbicos de adubo orgânico por mês. Tudo isso tratando 350 toneladas diárias de resíduos agroindustriais, que deverão resultar também em 40 mil toneladas de fertilizantes orgânicos por ano.
Para chegar a esse patamar, a operação de Campos Novos terá o apoio da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que mantém um centro de pesquisa em Concórdia (SC). A unidade será responsável por conduzir os testes e validações para garantir a eficiência e sustentabilidade da operação.
A fábrica adota uma série de inovações no seu processo produtivo, começando pelo tratamento de resíduos orgânicos para a produção de energia renovável por meio da biodigestão. Esse processo utiliza a tecnologia alemã Archea, um sistema de bactérias anaeróbicas que convertem a matéria orgânica em biogás, composto de metano e dióxido de carbono.
O biometano é então purificado por um sistema avançado, que utiliza a tecnologia italiana da Gruppo AB, garantindo uma extração eficiente do gás. Além do tratamento por biodigestão, a fábrica maximiza o aproveitamento de resíduos com o uso conjunto da compostagem, direcionando materiais que não podem ser digeridos anaerobicamente, como fibras mais resistentes. Esses materiais são transformados em biofertilizantes, promovendo um processo integrado e eficiente, onde todos os componentes dos resíduos são aproveitados para gerar energia ou fertilizantes.
Resultados e metas ambientais
A (re)energisa tem como foco transformar desafios ambientais em oportunidades que aceleram a descarbonização das empresas. A planta de Campos Novos deverá contribuir com a descarbonização de cerca de 60 mil toneladas de CO₂e (dióxido de carbono equivalente) por ano, resultado do redirecionamento de resíduos para compostagem e da substituição do GLP (gás liquefeito de petróleo) por biometano em indústrias.
Ao combinar tecnologias de ponta com soluções práticas para a gestão de resíduos e a produção de energia limpa, a (re)energisa acelera o avanço de iniciativas estratégicas para a descarbonização e a transição energética. Com resultados promissores e metas ambiciosas, o Grupo Energisa reforça seu compromisso com a inovação e a sustentabilidade, consolidando seu papel como protagonista no mercado de energia renovável.


Energisa aposta em biometano
A economia é redonda. Pelo menos é o que asseguram os formuladores das teorias a respeito do tema nesse século XXI. Mas “redonda” seria uma boa nomenclatura? Pensando melhor, talvez não. Talvez “circular” seja um nome mais adequado.
De olho nesse conceito, que embute sustentabilidade, economia, governança e aspectos socioculturais, a Energisa está investindo R$ 80 milhões em uma unidade de biometano. Gás natural renovável, o insumo pode ser utilizado diretamente nas redes de distribuição misturado ao gás natural convencional ou, ainda, ser usado para a geração de hidrogênio, amônia e metanol.
A iniciativa vai estar sob o guarda-chuva (re)energisa, empresa do Grupo criada em 2022 para atuar no mercado livre de energia, oferecendo geração distribuída através de fontes renováveis.
É um movimento em linha com o que há de mais moderno em termos de discussão energética no planeta. Trata-se de uma matriz limpa e sustentável. E renovável. Um gás energético renovável”, explica Frederico Kos Botelho, líder de soluções bioenergéticas da (re)energisa.
Com previsão de inauguração para 2025, em Campos Novos (SC), a companhia estima produzir 25 mil metros cúbicos de biometano diariamente. E, para chegar a esse patamar, a empresa vai processar cerca de 350 toneladas de resíduos industriais, que serão fornecidos pelas companhias da região. A perspectiva é também gerar 25 empregos diretos no município e 100 postos de trabalho ao longo da empreitada.
Kos Botelho explica que o processo produtivo trata o resíduo coletado por meio de um processo de compostagem, que contém biodigestores. Como resultado, gera-se também fertilizante orgânico ou biofertilizante.
O biofertilizante, detalha o executivo, decorre da aquisição da Agric, concretizada em agosto de 2023. A compra dessa empresa de compostagem de resíduos orgânicos industriais é que vai possibilitar a produção do fertilizante orgânico.
Nosso objetivo é comercializar esse fertilizante junto aos produtores rurais da região de Campos Novos (SC), onde será erguida a operação”, acrescenta.
A aquisição da Agric, está alinhada à estratégia do Grupo de oferecer um ecossistema de soluções, sendo um fornecedor one-stop-shop para seus clientes.
Trata-se de um mercado com grandes perspectivas de crescimento, especialmente nos estados onde a Energisa já atua, que abrigam setores como o agronegócio, com alta geração de resíduos orgânicos”, acrescenta.
Mas se a perspectiva é boa para o biofertilizante, também é excelente para o biometano. De acordo com os dados que circulam entre as associações do setor, a expectativa é que a produção dessa nova fonte energética alcance 7 milhões de metros cúbicos por dia em 2029, ante os atuais 500 mil metros cúbicos, que hoje são produzidos a partir de seis plantas espalhadas pelo País.
É importante salientar que não se trata apenas de biometano e fertilizante orgânico, mas sim de tratamento de resíduo. E, nesse sentido, o biometano alcança excelentes resultados: fomenta a produção de um gás que se renova e gera o fertilizante orgânico utilizado nas lavouras, que vão produzir os insumos para essas indústrias”, enfatiza o líder de soluções bioenergéticas da (re)energisa.
Há, no entanto, um ponto que faz muita diferença: a comparação com o gás natural. É inegável a capilaridade do gás natural no Brasil. Só que esse insumo alcança fundamentalmente a região litorânea brasileira. Pouco se dá em direção ao interior do país.
É justamente aí que o biometano tem uma avenida pela frente. Porque, além de ser renovável, o que o gás natural não é por definição, o biometano é produzido a partir de resíduos, não da exploração de poços, como no caso do gás natural. Sem contar que pode ser usado por caminhões.
Em outras palavras, é caro, por exemplo, ter um posto de gás natural veicular em alguns lugares do Brasil, porque está longe da planta processadora e custa levar o insumo até lá. Mas o mesmo não se aplica ao biometano, uma vez que se origina de resíduos industriais.
Então, essa fonte de energia descarboniza o setor de logística, porque não emite carbono, usa resíduos que normalmente seriam descartados pela indústria, produz fertilizante orgânico e, de quebra, propicia nova fonte de energia? A resposta é sim. É ou não é economia circular? É. E é verde.


Parceria entre Energisa e Octopus Energy mira na democratização de acesso à energia e em soluções energéticas renováveis
A Energisa deu mais um importante passo rumo à sua visão de protagonizar a transição energética no Brasil. O Grupo acaba de anunciar uma parceria estratégica com a Octopus Energy, uma empresa global de energia e tecnologia, que atende 54 milhões de contas de energia em todo o mundo, gerindo mais de 38 GW em 180 mil ativos de energia verde em 12 países.
O foco do acordo é a implantação de energia renovável de baixo custo em grande escala em todo o Brasil, além de cooperação e transferência de conhecimento, licenciamento de tecnologia e avaliação de possíveis joint ventures. A parceria marca a entrada da Octopus na América do Sul e pode gerar oportunidades no mercado varejista de toda a região.
A Octopus é reconhecida por sua plataforma tecnológica proprietária, o Kraken, software de energia que utiliza inteligência artificial para ligar todos os pontos da cadeia de valor da energia, desde a produção de energia renovável até às previsões meteorológicas, do armazenamento em baterias até do consumo dos clientes, o que auxilia na implementação de produtos energéticos inteligentes. Esta tecnologia garante ainda uma integração de ativos como parques eólicos, solares e baterias, o que poderá contribuir para a gestão dos parques solares da Energisa, buscando eficiência operacional e um melhor serviço para os clientes.
Além disso, o acordo pode potencializar a experiência da Energisa em tecnologia de microrredes e a sua dedicação em fornecer soluções renováveis para comunidades remotas, como na Amazônia. Com mais de 600 mil brasileiros sem acesso à eletricidade e uma parcela significativa da população em situação de pobreza energética, a iniciativa tem o potencial de beneficiar milhões de pessoas, promovendo inclusão energética e contribuindo para a redução das desigualdades sociais e ambientais.
A Octopus Energy e a Energisa estão se unindo para aprender uma com a outra, especialmente sobre como a tecnologia de ponta pode beneficiar o Brasil e como impulsionar soluções sustentáveis em comunidades afastadas. Esta é uma enorme oportunidade e pode servir de modelo para países e locais semelhantes que sofrem com pobreza energética”, comenta Greg Jackson, fundador do Octopus Energy Group.

A Octopus e a Energisa também estudam explorar outras oportunidades em conjunto, como iniciativas na distribuição de energia e a introdução de serviços de recarga para veículos elétricos, promovendo modelos de mercado mais flexíveis e acessíveis.
Estamos animados em firmar esta parceria estratégica com a Octopus Energy. Este acordo representa não apenas uma colaboração entre empresas, mas uma união de esforços em prol de um objetivo maior: impulsionar a transição energética e levar acesso à energia às comunidades que ainda não a possuem. Juntos, temos o compromisso de trocar conhecimento, explorar novas oportunidades de negócios e fazer a diferença, promovendo um futuro mais sustentável e inclusivo para o povo brasileiro” afirma Roberta Godoi, vice-presidente de soluções de energia e líder da (re)en